Ex-diretor da PRF é preso pela Polícia Federal

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Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso em operação sobre blitze no 2º turno das eleições

FLORIANÓPOLIS – O ex-diretor-geral da Políia Rodoviária Federal Silvinei Vasques
foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (9), em uma operação sobre
interferência no segundo turno das eleições de 2022.

A prisão ocorreu em Florianópolis, e Silvinei deve ser transferido para Brasília ainda
nesta quarta. Celulares, computador e passaporte do ex-diretor-geral foram
apreendidos. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF realizou blitze que interferiram na
movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem
sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.

Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é
réu por improbidade administrativa nesse episódio.

No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão
imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto, foi
desrespeitada pela PRF.

Relatório obtido pelo blog da Andréia Sadi no g1 mostra que a PRF fiscalizou 2.185
ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e
30 de outubro, vésperas e dia do 2º turno das eleições de 2022.

Crimes investigados

Segundo a PF, os crimes investigados incluem: prevaricação (que é quando um
servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política (impedir, com
emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos), e
impedir ou atrapalhar a votação (crime previsto no Código Eleitoral).
O inquérito para apurar essas operações da PRF em rodovias foi aberto ainda em
novembro de 2022.