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Gabigol e MC Gui responderão por crime contra saúde pública

Gabigol no momento em que é conduzido à 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública DIISP/Deputado Alexandre Frota/Divulgação 

SÃO PAULO – O atacante do Flamengo Gabigol e cantor de funk MC Gui vão responder na Justiça por crime contra a saúde pública ao participarem de aglomeração com aproximadamente 150 pessoas dentro de um cassino clandestino de luxo na Zona Sul de São Paulo. O gerente do local e os funcionários responderão também por realizarem jogos de azar, considerados contravenção penal.
O local foi descoberto na estourado na madrugada do último domingo pelas autoridades policiais e de fiscalização após uma denúncia anônima. Um decreto do governo estadual proíbe aglomerações e eventos fechados durante a pandemia de coronavírus, que já matou mais de 64 mil pessoas em São Paulo. Atualmente o estado está na fase
emergencial de combate à doença. Além disso, jogos de azar são proibidos há 75 anos no país.
Vídeos da operação conjunta envolvendo Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana (GCM), Vigilância Sanitária e subprefeitura da região mostram o jogador de futebol e o funkeiro deixando o local, uma casa de jogos no Itaim Bibi, mascarados, direto para uma delegacia.
Gabigol, MC Gui e mais de 50 pessoas foram detidas e levadas à 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública (DIISP), no Centro da capital.
Na delegacia, o jogador e o cantor assinaram um Termo Circunstanciado (TC), registro policial para casos de menor potencial ofensivo, e foram liberados em seguida após serem autuados. Como a irregularidade que cometeram não são consideradas tão graves, todos terão de passar pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Audiência que ainda deverá ser marcada
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, o processo do cassino clandestino está com o juiz Fabricio Reali Zia.
Ainda segundo a comunicação do tribunal, os autos foram encaminhados ao Ministério Público (MP) para que ele se manifeste sobre cada um dos envolvidos: 58 no total, incluindo o atleta e o músico. O TJ informou também que os investigados que tiverem bons antecedentes serão interrogados pelo juiz, numa audiência que ainda deverá ser
marcada.

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