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Ministro do MEC nega interferência do governo nas provas do Enem

ministro da Educação, Milton Ribeiro, fala à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou interferência do governo nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Entretanto, deputados da oposição reiteram as acusações de ingerência ideológica no exame.

A comissão discutia quatro requerimentos de convite ou convocação do ministro para explicar a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que o Enem terá a “cara do governo” e os pedidos de exoneração de funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (Inep), responsável por elaborar e organizar o Enem.

Ribeiro foi convidado a comparecer na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na última
quarta-feira (17). “O Enem tem a cara do governo, no sentido de competência, honestidade, seriedade, essa é a cara do governo, é a cara do nosso governo. Nós não temos nenhum ministro preso, nós não temos nenhum caso de corrupção, é isso que é importante”, disse.

“Com relação à prova do Enem, a possibilidade de qualquer interferência está totalmente fora da história, fora de contexto”, garantiu o ministro, ressaltando que, por uma questão de hierarquia, ele podia ter pedido acesso às provas, mas não o fez.

“Eu não posso achar anormal o ministro da Educação ter acesso, mas eu abri mão disso, considerando as polêmicas que poderia gerar. Em nenhum momento, houve interferência na qualidade e na quantidade, porque essas questões fazem parte de um banco de questões que já havia sido preparado em outras gestões. Nós só tivemos uma comissão que escolheu as questões”, completou.

 

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