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Operação no Complexo do Alemão termina com 18 mortos 

Moradores carregam um dos corpos de suspeitos mortos/Reprodução

Moradores transportam corpos para fora da comunidade no Complexo do Alemão/Reginaldo Pimenta/ Agência O Dia/Reprodução

Corpos também foram levados em carros de passeio parados em frente ao complexo/Reprodução 

Policiais em movimentação estratégica durante a intensa troca de tiros com os criminosos/Reprodução 

Operação tinha como alvo prender integrantes de uma quadrilha de roubo de veículos. Um PM morreu durante ataque de criminosos. Corpos foram retirados do complexo por moradores

Representantes das forças policiais do Rio de Janeiro confirmaram durante uma coletiva na noite de hoje (21) que 18 pessoas morreram (16 suspeitos, um policial e uma moradora) na operação que tinha como alvo integrantes de quadrilha de roubo de veículos no Complexo do Alemão.

Segundo o subsecretário operacional da Polícia Civil, Ronaldo Oliveira, era preferível que “eles não tivessem reagido e a gente ter prendido os 15 ou 14, mas infelizmente eles escolheram atingir os policiais”, declarou na coletiva. Entre os marginais que entraram em confronto com a polícia estavam criminosos que usavam fardas similares a de policiais civis e militares.

As duas corporações lamentaram as mortes do cabo PM Bruno de Paula Costa e da moradora Letícia Marinho Salles, de 50 anos. Parentes disseram que a vítima era moradora do Recreio e foi baleada dentro do carro por policiais e chegou morta à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Alemão. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a morte.

Moradores transportam corpos
A imprensa registrou imagens de moradores transportando corpos de dentro do complexo e colocando em veículos passavam pela Estrada Itararé. Outros cadáveres foram removidos por um carro de passeio. Todos estavam cobertos por lençóis.

Moradores relataram durante a manhã intensos tiroteios e até rajadas contra um helicóptero. No meio da manhã, mototaxistas saíram em um protesto, mas foram dispersados pelos policiais.

Na ação que envolveu 400 policiais de Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil; além de quatro helicópteros e 10 veículos blindados, quatro suspeitos foram presos na Favela da Galinha. Os agentes também apreenderam uma metralhadora .50 (capaz de derrubar helicóptero), quatro fuzis, duas pistolas e 48 motos.

‘Matador de policiais’ do Pará ferido e preso
Um criminoso conhecido como “matador de policiais” no estado do Pará deu entrada na UPA do Alemão ferido a tiros nas pernas, segundo a PM. “Com mandado de prisão em aberto, “Esquilo”, como é chamado, está sob custódia da Polícia Militar e permanecerá preso”, postou a corporação.

O cabo Bruno foi atingido quando a base da UPP sofreu um ataque/Divulgação

Quem matou
A Polícia Civil divulgou um cartaz pedindo informações sobre os envolvidos na morte do cabo Bruno de Paula Costa, de 38 anos, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio.

O agente estava trabalhando e foi atingido quando a base da UPP de Nova Brasília sofreu um ataque de criminosos em retaliação à operação na comunidade. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Bruno estava na corporação desde 2014. Ele deixa mulher e dois filhos.

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