Polícia Civil pede prisão preventiva de agressor de procuradora-geral
REGISTRO (SP) – A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. Em nota, a corporação diz que o delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial (DP) do município, representou pela prisão do acusado na 1ª Vara Criminal da cidade.
A corporação acrescenta que, de acordo com o despacho do delegado, o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública”.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a investigação instaurada para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além de depoimento da procuradora-geral para fundamentar o pedido de prisão preventiva. O delegado Fernando Carvalho Gregório, também do 1º Distrito Policial (DP) do município, onde o caso é investigado, alegou que o agressor foi liberado inicialmente por “falta de flagrante”.
Pode ser excluído da OAB
Demétrius pode ser excluído dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. O acusado é alvo de um procedimento da OAB/SP para apurar sua conduta. Quando essa apuração terminar, ele pode ser punido “até mesmo com a penalidade de exclusão dos quadros da OAB e impossibilidade de advogar e de exercer o cargo de procurador”, afirmou o Conselho Federal da OAB.
De acordo com o texto, o Conselho Federal, o Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB e a OAB/SP receberam “com indignação e preocupação a notícia de que a procuradora-Geral do município de Registro, em São Paulo, foi brutalmente agredida em seu ambiente de trabalho, por um colega, em decorrência de sua atuação profissional”.