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Revisão de casos antigos faz número de infectados por Covid disparar no RJ, dizem secretários de Saúde

Média móvel no Rio chegou a 5.477 casos de Covid nesta terça (11) — Foto: Reprodução

A revisão de casos antigos fez a média móvel de casos de Covid no Estado do Rio bater recorde. Um mutirão nas últimas semanas avaliou a ficha de pacientes que tinham quadro sugestivo para a doença, mas que não tinham entrado nas estatísticas.

A avaliação desses casos agora confirmados elevou a média móvel para 5 mil na última semana — mas secretários de Saúde afirmam que a Covid está regredindo no estado.

Nesta terça-feira (11), a média móvel de casos estava em 5.477, com um aumento de 81% em relação a duas semanas atrás — a maior porcentagem entre os estados brasileiros.

Eram 792 mil casos nesta terça, 289 mil só na capital.

“A gente vem vendo uma diminuição do número de casos na cidade e também de óbitos na última semana”, afirmou o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, ao Bom Dia Rio, da TV Globo.

Soranz admitiu que “parece que tem esse aumento”. “O que aconteceu é que a secretaria fez um mutirão para avaliar casos antigos, do ano passado e também do início deste ano, que não tinham sido classificados como Covid e que, de fato, eram Covid e que precisavam de atualização”, detalhou.

O secretário municipal ressalvou, porém, que “ainda é uma média muito alta”.

“Ainda temos 1.300 internados com Covid na cidade. As pessoas precisam manter todas as precauções, utilizar máscara, evitar aglomeração e manter o distanciamento social, porque ainda tem uma disseminação alta”, reforçou Soranz.

A de divulgação: boletins diários são publicados pelas secretarias de Saúde, que informam quantos casos entraram nas tabelas nas últimas 24 horas.
A de notificação: o dia em que o caso foi avisado às autoridades.
A de início dos sintomas: é o dado mais fiel para entender o estado da disseminação do coronavírus.
Quase nunca essas três coincidem, e muitas vezes um caso pode demorar meses para aparecer.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-REJ) informou ao G1 que utiliza a média móvel por data de ocorrência do evento, e não pela data de notificação para contabilizar os casos da doença, “pois há distorções nas informações”.

“Casos antigos, que demoraram a ser informados, acabam sendo contabilizados”, destacou. “A SES recomenda a análise de casos e óbitos por Covid pela data de início de sintomas para casos e data de ocorrência para óbitos para acompanhamento da evolução da pandemia”, explicou.

Na última semana (quarta e quinta-feira), houve um grande volume de notificações de casos represados por parte do município do Rio de Janeiro. Isto não significa dizer que os casos ocorreram na semana passada, mas que foram inseridos no sistema nestas datas, gerando o aumento observado.

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