Vereador de Mesquita, na Baixada Fluminense, está na mira da Polícia Federal

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Diego Talento (à direita) aparece ao lado do aliado político Dr. Luizinho/Reprodução

 

Diego Talento (PSL), da Câmara de Mesquita de cidade da Baixada Fluminense, é investigado pela PF (PF) pelo crime de falsidade ideológica ao inserir dados falsos em sua prestação de contas na Justiça Eleitoral

A prática de mentir em benefício próprio parece ser característico de todo político
mau-caráter. A arte de tentar trapacear até a Justiça Eleitoral é comum,
principalmente durante o processo de registro de candidatura para disputar o pleito.

O Legislativo municipal de Mesquita, na Baixada Fluminense, não foge a essa regra
suja. A Casa, que acumula histórico de polêmicas e irregularidades que envolvem
até o presidente, agora tem um de seus personagens na mira da Polícia Federal
(PF).

Segundo informações de uma fonte, Diogo Augusto da Silva Santos, conhecido por
Diogo Talento (PSL), está na mira de uma investigação da (PF) por inserir dados
falsos em sua prestação de contas na Justiça Eleitoral. Ele poderá responder por
falsidade ideológica.

O crime de falsidade ideológica está previsto no artigo 299 do Código Penal, que
especifica a conduta como “sendo o ato de omitir a verdade ou inserir declaração
falsa, em documentos públicos ou particulares, com o objetivo de, entre outros
objetivos, alterar a verdade sobre fato juridicamente”.

Pena de até 5 anos de prisão

A pena prevista é de até 5 anos de reclusão e multa, em caso de a falsidade ocorrer
em documento público, e de até 3 anos, nos documentos particulares.

O parlamentar é aliado do deputado federal Luiz Antônio de Souza Teixeira Jr. o Dr.
Luizinho (Progressistas). Os dois aparecem nas postagens das redes sociais do
vereador.

Então presidente da Casa, Sancler Nininho (Pros) foi acusado de chefiar ma organização criminosa que desviava verbas públicas/Reprodução 

Casa investigada por corrupção

Presidida pelo vereador Gelson Henrique (Solidariedade), a Câmara de Mesquita já
foi alvo de investigação por corrupção. Em 2022, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou
a denúncia do Ministério Público estadual (MPRJ) contra o então presidente Saint
Clair Esperança Passos, conhecido como Sancler Nininho (Pros), acusado de
chefiar uma organização criminosa que desviava verbas públicas.

Naquele ano, além de Sancler, a juíza Juliana Benevides, da 1ª Vara Criminal
Especializada, tornou réus outras sete pessoas: Winkler Ferreira Gouveia, cunhado
do vereador; Thiago Rodrigues, chefe de RH; Elaine Izolani, diretora Orçamentária e Financeira da Câmara; Elieser Correa, marido de Elaine e diretor Financeiro;
Hevandro Menezes, chefe de protocolo; Marcelo Alves França; e Carlos Henrique
Siqueira, funcionários. Em 2022, o MP pediu a prisão preventiva e o afastamento do
do político e dos outros envolvidos por organização criminosa e peculato.

O afastamento foi determinado no dia 5 de outubro, quatro meses depois de a 3ª
Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial do Núcleo Nova Iguaçu ter
representado na Justiça contra ele.

Saint Clair e a organização criminosa foram apontados em uma série de práticas
ilegais no município. Uma das atividades identificadas pela investigação foi a
nomeação de funcionários fantasmas, na qual a remuneração era distribuída entre
os integrantes da organização.

O MP citou, ainda, um caso específico em que Sancler e os outros denunciados,
entre fevereiro e março de 2021, embolsaram irregularmente R$ 5.477 dos cofres
públicos, valor correspondente a dois meses de salário de um assessor jurídico.