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Suspeita de H1N1: paciente está internado no Hospital da Posse entre a vida e a morte

Jota Carvalho
jota.carvalho@yahoo.com

Há quase 10 dias isolado no CTI Marquinhos Trajano teve o estado de saúde agravado nos últimos dias (Foto: HH)

Marcos Antônio Trajano, 37 anos, está internado em estado grave e isolado no CTI do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), mais conhecido como Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, desde 28 de dezembro. A suspeita é de gripe H1N1 e amostras do sangue de Trajano foram enviadas para análise no Laboratório Central Noel Nutels (Lacen), vinculado a Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Ambiental, da Secretaria Estadual de Saúde, que não estipulou prazo para o resultado ser divulgado. “Estamos desesperados querendo saber a confirmação ou não da doença e ninguém no hospital sabe informar. Vamos para quase dez dias que o exame foi pedido e nada. Por isso vamos nos manifestar nesta segunda-feira, às 10h da manhã, em frente ao Hospital da Posse para ver se o caso do meu marido é resolvido”, disse Alice Trajano, 26, esposa de Marquinhos Trajano, ao HORA H neste domingo, após visitá-lo e constatar piora no quadro geral dele.
“Lá fui informada que ele voltou a vomitar sangue e está com o funcionamento dos rins comprometido e a respiração também. Estou apavorada, pedindo socorro a Deus e aos que puderem nos ajudar para salvar a vida dele”, acrescentou Alice com a voz embargada.
No dia 27, Marquinhos Trajano, como é conhecido em Belford Roxo, onde mora no bairro Itaipu, teve febre alta, dores pelo corpo e começou a cuspir sangue. Levado para a UPA 24 horas, do Bairro Botafogo, em Nova Iguaçu, foi logo isolado das demais pessoas presentes na Unidade de Pronto Atendimento. Na manhã da sexta-feira, dia 28, foi transferido para o HGNI, conforme relato de Alice. “Soube que na UPA os funcionários foram vacinados e fizeram exame de sangue. Só isso dá para perceber que o caso dele não é leve. Por que tanta demora meu Deus?”, se perguntou a dona de casa e mãe de dois filhos.
O H1N1, provocado pelo vírus influenza A, é um dos mais letais da gripe e pode matar se não for tratado logo que descoberto. Caso se confirme a ‘gripe suína’, a região onde vive o casal, em Itaipu, poderá ser isolada para evitar a infectação dos moradores próximos. “Quando visitei meu marido neste domingo, me colocaram máscara e aquela roupa apropriada para visitantes de doentes sob riscos de transmitir virus mortais”, finalizou Alice Trajano.

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