A merda é a mesma, as moscas é que mudam: Câmara de Nova Iguaçu ganha cinco novos vereadores, mas ditado popular cai com uma luva na atual composição

Câmara de Nova Iguaçu-02 - manchete

A nova composição da Casa para a legislatura 2021-2024 é a seguinte: Carlinhos BNH, do PP (reeleito); Dr Marcio Guerreiro (PP); Mauricio Morais, do Avante, (reeleito); Maninho de Cabuçu (Cidadania); Jeferson Ramos (MDB); Vaguinho Neguinho, do Patriota (reeleito); Dudu Reina (PDT) – foto acima; Alexandre da Padaria, do PSD (reeleito); Alcemir Gomes, do PROS (reeleito); Claudio Haja Luz (Republicanos); Felipinho Ravis, do Solidariedade (reeleito).

Com seis representantes a menos na atual legislatura (de 17 o número caiu para 11 vereadores), de acordo com o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município, de autoria do então vereador Fabinho Maringá (MDB), aprovado em 2019, a Câmara de Nova Iguaçu passa longe da renovação e segue cheirando mal, embora tenha dado posse a cinco novos parlamentares eleitos em 15 de novembro.
O ditado popular que intitula essa matéria, traduz a nova formação da Casa. A começar pela Mesa Diretora eleita no dia 1º, após a posse dos parlamentares. A presidência está sob o comando de Eduardo Reina Gomes de Oliveira, Dudu Reina (PDT). Experiente na arte de fazer política, segundo dizem, é estreante no cargo de vereador. Terá que abrir janelas para dialogar com outras bancadas para não ser emparedado pelos demais.

Fantoche inútil
1º vice-presidente da Casa, Carlos Alberto Ribeiro da Silva, o Carlinhos BNH (PP), eleito para seu segundo mandato, se equilibra na popularidade conquistada em bairros como Santa Rita, Corumbá e adjacências para justificar sua raquítica falta de cultura.E, a falta de experiência para articular um diálogo mais amplo com o eleitorado, sem olhar para o próprio umbigo político que lhe desenhou fama, vai acabar por transformá-lo em um fantoche inútil no cargo.
Dois outros cinco integrantes da Mesa Diretora, três dos quais foram reeleitos (2º vice-presidente: Vagner Mateus dos Santos, Vaguinho Neguinho (Patriota); 1º secretário: Felipe Rangel Garcia, Felipinho Ravis (Solidariedade); 2º secretário: Alexandre Rocha de Azeredo, Alexandre da Padaria (PSD)), os estreantes Jeferson Ramos de Oliveira, Jeferson Ramos, do MDB (3º vice-presidente); e Claudio Valdemir de Oliveira Marques, Claudio Haja Luz, do REPUBLICANOS (3º secretário) não demostram expressividade política. Quanto ao trio, pode até mostrar trabalho em seus redutos eleitorais, mas dentro da Casa são meros coadjuvantes medíocres.

O ‘capiroto’ como protagonista da fatia mais podre da Casa
Dentro da roda política formada pela Câmara iguaçuana, um personagem atuou como protagonista de contendas e manchou ainda mais a imagem do Legislativo. No apagar das luzes de 2020, Marcelo Fernandes Loureiro, o Marcelinho das Crianças, ex-vereador alçado ao cargo de diretor-geral da Casa, após ser detonado nas urnas, deixou o cargo, não sem provocar imbróglios e carimbar com seu caráter duvidoso um rastro de sujeiras.
Fornecedores ficaram sem receber. Na mesma linha de infortúnio, prestadores de serviço também. A conta ficou para a nova presidência pagar. Resta saber se o calote será anunciado agora ou os credores terão que enfrentar uma via crucis para conseguir receber pelos serviços prestados. Mas um detalhe não deixa dúvidas e a reportagem do Hora H já está investigando: tem caroço nesse angu. Em breve, o Hora H vai dar nomes aos bois e expor a lama de sujeira sob o tapete do Legislativo iguaçuano.

Reportagem: Antonio Carlos