Alerj acompanhará protesto de moradores contra a CSN

CSN

Sede da CSN em Volta Redonda, no Sul Fluminense

 

Inconformados com a poluição causada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – empresa do setor mais antiga do Brasil – moradores de Volta Redonda, na Região do Médio Paraíba do estado, farão uma manifestação no Centro da cidade, no próximo domingo (23/07), contra a companhia. A Comissão de Saneamento
Ambiental da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) acompanhará o movimento para
coletar as demandas da população.

Na semana passada, a Secretaria de Estado do Ambiente multou a empresa em R$
1 milhão por conta da emissão de fumaça e micropartículas de ferro. Os poluentes
que saem dos altos-fornos da fábrica vêm sujando a cidade e causando doenças
respiratórias nos moradores. A comissão da Alerj quer que a CSN acelere as
determinações do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2018, e
que até hoje não foram implantadas.

“Estamos em contato permanente com o Inea (Instituto Estadual do Meio Ambiente) para que cobre da CSN o cumprimento do TAC. Eles não atendem, por exemplo, as normas sobre sintetização, que é o processo de retirada dos poluentes do ar. Já enviamos ofícios cobrando as ações de combate à poluição ambiental. Fora isso, eles também não estão cumprindo os termos mais antigos, que são de 2010 e de 2016. Precisamos saber o porquê disso”, salientou o deputado Jari Oliveira (PSB), presidente do colegiado na Casa.

O parlamentar lembra que, em 2022, também acompanhou a fiscalização da
Comissão de Defesa do Meio Ambiente a Harsco Metals, outra indústria localizada
em Volta Redonda, para apurar denúncias sobre o acúmulo de escórias no pátio da
empresa. “É preciso que o INEA cobre da CSN responsabilidade com o meio
ambiente. A empresa tem que assumir o compromisso para reduzir a poluição que
causa”, reforçou.