Amorim será o relator do processo da deputada Lucinha no caso da milícia

Amorim

Rodrigo Amorim dará parecer sobre a constitucionalidade da medida

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa
do Rio (Alerj) que vai decidir sobre o futuro político da deputada Lucinha (PSD) foi
realizada ontem (2). O relator do processo será o próprio presidente da CCJ,
deputado Rodrigo Amorim (PTB). A reunião do colegiado durou cerca de duas
horas. O processo foi definido como super sigiloso pelo Tribunal de Justiça e, por
conta disso, o colegiado se reuniu a portas fechadas.

A deputada teve seu mandato parlamentar suspenso por uma medida cautelar
imposta pela Justiça em dezembro. Lúcia Helena Pinto de Barros foi alvo de busca
e apreensão numa operação realizada pela Polícia Federal e o Ministério Público
Estadual em investigação que a aponta como braço político da maior milícia do
estado, comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.

A expectativa agora é para que a votação em plenário ocorra em no máximo uma
semana. O parece do CCJ será sobre a constitucionalidade ou não da medida
cautelar. Havia um receio de que o relator pudesse ser de fato Amorim, já que
Lucinha é ligado ao prefeito Eduardo Paes, hoje alvo de críticas do petebista por
conta da disputa eleitoral de outubro. Na reunião, no entanto, o presidente da CCJ
garantiu que dará um parece técnico.

Braço direito
As investigações apontam que a deputada seria o braço político da milícia de Zinha,
uma das mais poderosas e violentas do Rio e com forte atuação na região populosa
de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense. A região é
reduto político da parlamentar.