Após levar cadeirada, Marçal diz que Datena “tem problemas com drogas”
Datena e Marçal: protagonistas de cena de violência política
SÃO PAULO – Em uma live realizada nas redes sociais, de dentro do Hospital Sírio Libanês, onde está internado, Pablo Marçal (PRTB) afirmou que o José Luiz Datena (PSDB) “tem problemas com drogas”, mas não apresentou provas. Marçal está internado no após ser atingido por uma cadeirada jogada por Datena durante um debate na TV Cultura, na noite do último domingo (15).
Na cama do quarto, Marçal disse estar bem, mas com lesão na mão e na costela. “Para quem está preocupado, eu estou bem. A cadeira bateu na minha mão e na minha costela. Quatro semanas para recuperar a questão da costela. E a mão, vai encaminhar pelo ortopedista. Eu não estou aqui para me vitimizar. Nós vamos vencer esse negócio (eleição)”, disse ele.
Na transmissão, o coach frisou ainda que “perdoa Datena” pela agressão, e disse que o candidato é desequilibrado. Ele também contou que não “foi para cima” de Datena por conta dos “problemas no coração” do oponente e sugeriu que o apresentador usa drogas.
“O cara é um comedor de açúcar. Não faz exercício. É um cara que tem problema com drogas também”, frisou Marçal. Em seguida, ele atacou o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que agiu para impedir a continuidade das agressões. “Eu me proponho a fazer um debate civilizado. Eu fiquei impressionado de ninguém se vitimizar. Você é um covarde Nunes, aquela cadeira é mais pesada que você”, completou.
Pablo também negou ter envolvimento com uma facção criminosa que atua nos presídios do país. “Falam que eu sou do PCC. Nunca tive envolvimento com essas pessoas”, finalizou.
Datena: “Lavar alma de milhões”
O apresentador José Luiz Datena (PSDB) afirmou em nota divulgada na manhã de ontem (16), que não defende o uso da violência e reconheceu que errou ao dar uma cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura. O tucano, porém, disse que não se arrepende e que repetiria o gesto diante das agressões verbais do influenciador contra ele e outros candidatos. A atitude teria servido para “lavar a alma de milhões” de pessoas diante da postura sempre agressiva e debochada do ex-coah. Datena também reafirmou a continuidade da sua candidatura.
O tucano foi expulso do debate por agredir Marçal após o candidato do PRTB citar uma denúncia de assédio sexual contra ele. Para Datena, a denúncia, arquivada pelo Ministério Público por falta de provas, foi um dos motivos da morte de sua sogra. Em seguida, Marçal insultou o adversário dizendo que ele “não era homem” para agredi-lo como havia ameaçado há duas semanas no debate da TV Gazeta.
“Continuarei a disputa pela Prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população”, finalizou Datena.