Belford Roxo realiza festival em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra

2- NEGROS UTOPIA - ANTONIO MONTENEGRO

O Museu levado ao evento foi de Etnologia Ode Gbomi, que foi idealizado pelo curador e colecionador de artes africanas, Antônio Montenegro

A Prefeitura de Belford Roxo, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos
e Igualdade Racial, promove esta sexta-feira (24) o Festival Negros Utopia, em alusão ao
Dia Nacional da Consciência Negra (20-11). A programação começou com uma roda
de conversa com educadores da rede municipal de ensino, na escola municipal
Belford Roxo, no bairro das Graças. Na última quarta-feira (22) ocorreu roda de
conversa sobre o racismo religioso e intolerância religiosa.

Para celebrar e iniciar o cronograma de atividades da Consciência Negra, a roda de
conversa de terça-feira contou com a presença de vários palestrantes. O professor
da rede municipal do Rio de Janeiro, Aroldo Silva; o mestre em Políticas Públicas e
psicólogo Thiago Rodrigues; o professor de educação física Vagner Soares Pedra;
o professor de filosofia Salomão Moura e a mestre em Educação Thatiana Barbosa.
O evento teve a participação, nesta quarta-feira, do adido cultural Internacional da
África/Brasil, Kabiyesi Sangokunle Adekunle Alayande.

O secretário municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Rafael de Milan,
enfatizou a importância das ações. “Esse evento faz parte de uma série de
atividades para elucidar a luta contra todos os tipos de racismo e intolerância
religiosa. Além de fortalecer e aprofundar sobre as nossas raízes e valores”, disse
Rafael. “As religiões de matrizes africanas no Brasil, são as que mais sofrem e
ninguém pode nos julgar pela nossa fé, ou pela nossa veste, ou por quem a gente
segue. Nós queremos respeito às nossas religiões”, ressaltou Rafael.

Nelson Mandela
O presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial,
Salomão Moura, parafraseou o eterno líder Nelson Mandela durante a fala. “Desde
janeiro deste ano estamos remontando e fomentando atividades importantes para
debater os temas. Ninguém nasce racista, as pessoas aprendem a ser racistas.

Logo elas podem aprender a amar umas às outras”, frisou Salomão. “A escola
precisa mudar a realidade, construindo um ambiente antirracista e de proteção para
os estudantes negros”, completou a mestre em Educação e especialista em
relações étnico-raciais e Educação de Jovens e Adultos (EJA), Thatiana Barbosa.