Bicheiro Rogério de Andrade é incluído na lista da Interpol

Rogério de Andrade está fora do Brasil desde 23 de abril deste ano

Mandado de prisão preventiva do contraventor Rogério de Andrade é incluído na difusão vermelha da polícia internacional após operação que prendeu delegados no Rio

A Justiça do RJ determinou que o mandado de prisão preventiva do contraventor Rogério de Andrade, alvo da Operação Calígula, seja incluído na difusão vermelha da Interpol, a polícia internacional. A decisão do juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1° Vara Especializada do Tribunal de Justiça, publicada na última terça-feira (10), atende a um pedido do Ministério Público do estado.

Segundo a promotoria, o bicheiro está fora do Brasil desde 23 de abril deste ano – quando embarcou para San José, na Costa Rica – apesar de ter data de retorno prevista para o dia 7 de maio. A inclusão na lista internacional de foragidos permite que o contraventor seja preso fora do Brasil.

O promotor Diogo Erthal disse, em entrevista coletiva, que o MPRJ também trabalha com a hipótese de que Andrade, sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, seja o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. Ele teve prisão preventiva decretada, mas é considerado foragido.

Centenas de homicídios
O MPRJ acredita que a organização criminosa chefiada pelo bicheiro, o 01, e seu filho, Gustavo Andrade, o 02, está envolvido em “dezenas, se não centenas ou milhares” de mortes que aconteceram durante a disputa pela exploração e controle de jogos de azar no Rio e em outros estados.

Adriana Belém foi presa na Operação Calígula/Reprodução

Adriana Belém passa por audiência de custódia
A delegada licenciada Adriana Belém passou por audiência de custódia, na manhã de hoje (11), no Instituto Penal Oscar Stevenson, presídio em Benfica, na Zona Norte do Rio. Ela foi presa na Operação Calígula após agentes encontrarem R$ 1.765.300 em espécie sacolas de grife em seu apartamento, em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca.

Para os promotores de Justiça, o valor encontrado na residência de Belém é um forte indício de lavagem de dinheiro. Na decisão, o juiz Bruno Monteiro Ruliere também diz que o valor encontrado na casa da delegada significa que ela tem forte ligação com a organização criminosa investigada na operação.