Bombeiros encontram dois corpos em rio de Nova Iguaçu; um deles é de Matheus Costa da Silva

O corpo de Matheus Costa foi encontrado no Rio Capenga, nas proximidades do KM 32, em Nova Iguaçu

Matheus (e) e os amigos Douglas de Paula Pamplona, 22; Adriel Andrade Bastos, 24, e Jhonatan Alef Gomes/Reprodução

Corpo de Bombeiros carrega o cadáver retirado do rio, que depois foi reconhecido como sendo o de Matheus Costa da Silva/Reprodução

O corpo de Matheus Costa da Silva, de 21 anos, foi reconhecido pela mãe por causa de uma tatuagem. A identidade também foi confirmada pela impressão digital através do Instituto Médico-Legal (IML). Ele foi encontrado no Rio Capenga, nas proximidades do KM 32, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última segunda-feira (22).

Na manhã desta terça-feira (23), o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil acharam mais um corpo boiando no rio. Ele foi localizado pelo piloto de um helicóptero que sobrevoava a região. Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) seguiram para o local, que é de difícil acesso. Na entrada para a mata, que é apontada como ponto de desova de cadáveres da milícia, eles foram recebidos a tiros e houve um intenso confronto.

Matheus e os amigos Douglas de Paula Pamplona, 22; Adriel Andrade Bastos, 24, e Jhonatan Alef Gomes, 28, desapareceram no dia 12 de agosto em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Eles seguiam em direção a um shopping quando o carro de aplicativo em que estavam foi fechado pelo veículo de criminosos fortemente armados e encapuzados, na altura do bairro Valverde. As vítimas tiveram mãos e
pés amarrados e foram sequestradas.

Milicianos envolvidos
As investigações da especializada aponta que os milicianos Delson Lima Neto, o Delsinho, irmão do chefe da milícia Danilo Dias Lima, o Tandera, e Renato Alves de Santana, o Fofo, teriam executados grupo. Os dois bandidos foram mortos no último sábado (20), com outros dois homens que também fariam parte da milícia, durante uma troca de tiros com policiais civis em Nova Iguaçu.

Motivação do crime
Os agentes trabalham com algumas linhas de investigação para a motivação do crime. Uma delas é que o grupo estaria usando e vendendo drogas na área de atuação dos milicianos. Outra possibilidade investigada é que um deles teria feito uma compra de um parente do Delsinho, mas o pagamento foi
efetuado com um cartão clonado.

O Disque-Denúncia (2253-1177) já recebeu quatro denúncias sobre o caso, repassadas para a DHBF. A especializada confirmou que todas as informações recebidas envolvendo o desaparecimento dos rapazes, incluindo a de que Delsinho pode estar envolvido no caso, estão sendo investigadas e
checadas.