Carro de ex-PM apontado como contraventor é fuzilado na Zona Oeste do Rio

Fuzilado

Crime aconteceu na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca/Reprodução

Um ex-policial militar sofreu um atentado na manhã de hoje (30), na Avenida das Américas, Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo apurou a polícia, um grupo de homens armados com fuzis dispararam mais de 40 vezes contra o carro blindado onde estavam a vítima e seu segurança. Os tiros chegaram a perfurar a blindagem e feriram os dois ocupantes. O bando fugiu em direção ao Recreio dos Bandeirantes.

Adriano Maciel de Souza, que seria um contraventor, e seu segurança pessoal foram socorridos e levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. Uma terceira pessoa passou mal e estava em estado de choque na cena do crime.
As equipes da 16ª DP (Barra da Tijuca) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foram acionadas e estiveram no local do crime, em frente ao condomínio Blue. O caso será investigado pela especializada, que vai fazer uma varredura nas câmeras de segurança da região.

Disputa entre bicheiros
A Polícia Civil investiga se o atentado contra o ex-PM tenha ligação com a disputa entre bicheiros no Rio de Janeiro. Adriano pode ter sido o novo alvo da guerra de contraventores pelo controle de pontos de jogo de bicho e máquinas de caça-níqueis na cidade.

Essa briga já deixou um rastro de crimes sem solução. O caso mais recente foi do contraventor Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade, assassinado no início no começo de novembro de 2020, em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.

Iggnácio estaria voltando de Angra dos Reis, na Costa Verde, quando foi atingido por vários disparos de fuzis na cabeça.

Ele travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel.

Paulo Roberto foi assassinado em 1998, e Rogério de Andrade sofreu diversos atentados. O mais grave deles foi em 2010, quando uma bomba estourou em seu veículo. O objetivo ela matá-lo, mas era o filho de Rogério, de apenas 17 anos, quem dirigia o carro. O crime aconteceu nna Avenida das Américas.