Castro fala em “caça” a criminosos em megaoperação em 10 bairros no Rio
Após acompanhar o início da Ordo, ação integrada que ocupará por tempo
indeterminado 10 comunidades da Zona Oeste do Rio, desde as primeiras horas do
dia, o governador Cláudio Castro atualizou os números num balanço divulgado no
início da tarde desta segunda-feira (15). Ao todo, são 20 presos, sendo 15 em flagrante, e outros cinco por cumprimento de mandado.
Segundo o governador, há um “diálogo permanente” com a Suprema Corte sobre o
planejamento e “todo o cumprimento daquele rol de obrigações” da ADPF 635
(ADPF das Favelas). Ele prevê que a ação seja julgada no segundo semestre deste
ano.
“O ministro Fachin (Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) falou que
está amadurecendo muito para julgar, para que a gente possa botar as regras que
tem que ser colocadas e acabar com essa ADPF, que, não é a ideia do STF, mas
que é usada politicamente contra nós o tempo inteiro — afirmou Castro.
Sem confrontos, mas com vazamento
Sobre a ação, Castro afirmou que não houve registros de confronto. Mas relatou
que houve denúncias de vazamento da Ordo, se disse “triste” e irritado
“profundamente” com isso e prometeu punir, através da Corregedoria, policiais que
passaram informações aos bandidos.
“São servidores que deveriam estar do lado da lei e que estão desvirtuados. Se nós
acharmos eles, que já fiquem cientes, que vamos achar e punir severamente
aquele que deveria estar do nosso lado — afirmou o governador, em coletiva no
Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Definida por Cláudio Castro como uma “caça” aos criminosos, a ação não tem
prazo para ser encerrada e objetiva “desmantelar” o cinturão formado por
comunidades que facilitariam a fuga pela Floresta da Tijuca.