Castro quer penas mais duras para criminosos com armas de guerra e lavagem de dinheiro

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O governador afirmou ainda que não vê necessidade de um decreto de Garantia da
Lei e da Ordem (GLO)

O governador do Rio, Cláudio Castro, entregou nesta quarta-feira (25) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um conjunto de cinco propostas para endurecer a legislação penal. São elas: fim da progressão de pena para criminosos com armas de guerra; fim da progressão de pena para criminosos envolvidos em lavagem de dinheiro para essas organizações criminosas; fim da progressão de pena para criminosos que atuem em serviços comissionados; tarifa social em áreas elegíveis; e gabinetes estaduais contra a lavagem de dinheiro.

O governador afirmou ainda que não vê necessidade de um decreto de Garantia da
Lei e da Ordem (GLO) e acrescentou que espera a presença de militares no reforço
à segurança. Castro vai se reunir com o ministro da Defesa, José Múcio, ainda esta
tarde.

“Pedi que a Marinha reforce o patrulhamento nos portos, Exército nas rodovias
federais e Aeronáutica nos aeroportos. Com isso, não precisa de GLO”, defendeu.
Castro viaja a Brasília dois dias após a onda de violência na Zona Oeste da Cidade,
após a morte de um chefe de milícias: 35 ônibus, um trem e uma estação de BRT
foram incendiados.

Paes: “A situação no Rio é muito grave”/Reprodução

Paes diz que Rio não precisa de intervenção federal

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirma ser contra uma intervenção federal no Rio,
embora avalie que a crise na segurança pública é “muito grave”. Depois de evento
no Palácio do Planalto, ele disse que não só a capital e Região Metropolitana
enfrentam uma situação de áreas dominadas pelo crime organizado.

“A situação no Rio é muito grave, a gente não pode minimizar o que está lá
acontecendo. Não é um fato isolado. Quem vive na realidade cidade, está lá no dia
a dia, não só da cidade mas da região metropolitana e do estado, vive uma situação
de territórios dominados”, disse Paes.

O prefeito disse esperar uma resposta rápida e efetiva dos órgãos públicos
responsáveis pela segurança: “Portanto, o que a gente espera é que a ação seja
firme, contundente e permanente”.

Milicianos ofereceram R$ 500 por cada ônibus queimado
Milicianos que ordenaram os ataques na Zona Oeste do Rio, na última segunda-
feira (23), ofereceram R$ 500 por cada ônibus incendiado. A orientação era que a
ação fosse filmada para que a quantia fosse paga.

Wellington Silva Mendes de Mesquita seria o homem que aparece em um vídeo incendiando um ônibus/Reprodução

Policiais militares do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) prenderam nesta quarta-feira (25), mais um suspeito de participar dos ataques. Wellington Silva Mendes de Mesquita, de 40 anos, seria o homem que aparece em um vídeo incendiando um ônibus durante a série de ataques da milícia controlada por Zinho. Ele está de blusa preta.

Localizado e preso na favela César Maia, em Vargem Pequena, também na Zona
Oeste, Wellington foi levado para a 42ª DP (Recreio), onde ficará à disposição da
Polícia Civil para as investigações.

homem foi preso em flagrante na comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio/Reprodução

Apontado como integrante da milícia de Zinho, outro homem foi preso em flagrante
por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento
de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) na comunidade da
Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, após cruzamento de dados e
um trabalho de inteligência.

Ele foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e constituição de milícia privada.
Contra ele há 4 mandados de prisão por roubo. Com o miliciano foram encontrados
uma pistola calibre 9mm, carregador, munição e fardamento militar.