CCJ do Legislativo vota para que deputada Lucinha volte a exercer mandato

Alerj

Decisão final sobre destino de deputado será do Plenário da Casa

Numa sessão secreta realizada na tarde desta quarta-feira (7) no 18ª andar do Alerjão, no Centro do Rio, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (Alerj) derrubou a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) que havia determinado a afastamento por tempo indeterminado da deputada Lucinha (PSD), investigada por defender os interesses de milicianos na Zona Oeste do Rio. A decisão, aprovada na comissão por seis votos a 1, será avaliada nesta quinta (8) pelo plenário da Casa, que vai aprovar ou rejeitar a resolução da CCJ.

Caso o plenário mantenha a decisão da CCJ, Lucinha voltará a exercer seu
mandato. No entanto, os parlamentares decidiram que Lucinha será investigada no
Conselho de Ética na Alerj por quebra de decoro parlamentar. A comissão vai
encaminhar a decisão para a Corregedoria da Casa, para em seguida, remetê-la ao
Conselho de Ética.

O PSOL e o PSB chegaram a apresentar uma emenda para que a deputada fosse
suspensa por 120 dias — para que a investigação acontecesse. No entanto, a ideia
não prosperou e foi derrubada na CCJ.

Suspeita de rachadinha
Além do envolvimento com milicianos, Lucinha também é suspeita da prática de
rachadinha em seu gabinete.

Na investigação sobre a deputada, o Ministério Público do Rio (MPRJ) teve acesso
a mensagens em áudio enviadas pela parlamentar e o miliciano Domício Barbosa de
Souza, o Dom, que é apontado pela polícia como o responsável financeiro da
quadrilha comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho. A parlamentar é
investigada por suspeita de ser o braço político da maior milícia que atua na Zona
Oeste. No áudio, Lucinha é flagrada perguntando sobre como uma medida da
Prefeitura do Rio poderia impactar nos negócios do grupo criminosos.