Corpos de supostos milicianos são achados em veículo em chamas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense

Polícia Militar foi acionada para local de tiroteio e achou veículo pegando fogo/Reprodução

Um dos corpos encontrados dentro do carro em chamas no bairro Ipiranga seria do ‘Batata do Aliança’/Reprodução

Dois corpos foram encontrados dentro de veículo em chamas, na tarde desta quinta-feira (29), no bairro Ipiranga, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A Delegacia de Homícidios (DHBF) investiga se um dos mortos seria Leandro Menezes Barbosa, conhecido como Batata do Aliança, que faria 42 anos de idade no dia em que foi morto.

De acordo com informações de testemunhas, o carro onde estavam as vítimas teria sido cercado por criminosos fortemente armados de fuzis e pistolas e atingido por vários disparos. Uma das balas atingiu o tanque de combustível, que pegou fogo.

Área isolada
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que agentes do 20ºBPM (Mesquita) foram acionados para a Estrada do Mugango, em Ipiranga, para verificar disparos de arma de fogo. No local, a guarnição encontrou um carro em chamas com duas pessoas em óbito em seu interior. A área foi isolada e a perícia acionada.

Preso por duplo homicídio
‘Batata do Aliança’, apontado como responsável por expandir a milicia no Aliança e bairros adjacentes, foi preso em abril de 2019 suspeito de envolvimento no assassinato de um casal em setembro de 2015, em Nova Iguaçu. Ele tem passagens por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e organização
criminosa.

Segundo as investigações, a execução de Miridian Pereira Mascarenha, então com 30 anos, e do marido dela, o caseiro Carlos Davi da Silva Pereira, está ligada ao grupo de policiais condenados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli em agosto de 2011. Miridian era apontada como testemunha chave
por denunciar a atuação de um grupo de extermínio formado por agentes do Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo (7º BPM), investigado por mais de 20 mortes no município.

Miridian e Carlos foram mortos a poucos metros da casa onde moravam, no bairro Marapicu, em Nova Iguaçu. Ela havia sido beneficiada pela juíza por delação premiada. Na época, Miridian apontou que o grupo era responsável por sequestrar um suspeito de tráfico de drogas do Complexo do Salgueiro.
Conhecida por sua atuação contra policiais militares que cometiam irregularidades em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a magistrada foi morta com mais de 20 tiros no momento em que chegava em casa.