Corregedoria da PM pede prisão de policiais suspeitos de fraudarem cena do crime que matou Thiago Flausino, de 13 anos

Flausino

Acusados de terem fraudado o local da morte de Thiago Flausino, de 13 anos, na Cidade de Deus, a Corregedoria da Polícia Militar indiciou e pediu a prisão de quatro agentes do Batalhão de Choque. Os policiais são suspeitos de terem “plantado” a arma encontrada com o adolescente e de darem informações erradas para atrapalhar a investigação.

De acordo com informações da Rede Globo, os agentes teriam usado drones e um carro descaracterizado durante o suposto confronto onde o jovem morreu.

Além de fraude processual, a corregedoria também acusa os policiais de abuso de autoridade e por omissão de socorro. Já a participação na morte é investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital junto ao Ministério Público do Rio.

Segundo os depoimentos dos quatro agentes indiciados, aos quais a TV Globo teve acesso, há a confissão de que foram disparados, ao menos, 42 tiros, assim como do uso de um carro pessoal dos militares e de dois drones. O veículo estava descaracterizado, sem a identificação da PM.

Thiago Flausino foi baleado três vezes. Um dos tiros o atingiu pelas costas, o outro atravessou as duas canelas e o último perfurou uma das pernas. O menino estava em uma moto, acompanhado por um amigo, quando foi alvejado.

A família do adolescente começou uma investigação paralela à da polícia, na qual teve acesso a câmeras de segurança do local do crime e a depoimentos de testemunhas. Os parentes entregaram todo o material na delegacia.