CPI dos trens da Alerj aponta um ‘pré-colapso’ da Supervia

Atrasos e interrupções frequentes são dos graves problemas apontados pela CPI/Reprodução

Instaurada para investigar a precariedade do serviço de transporte sobre trilhos no Rio de Janeiro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Trens, da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), aponta em seu relatório preliminar um “pré-colapso” da concessionária Supervia.
O documento foi apresentado nesta segunda-feira (5) pelo relator, o deputado Waldeck Carneiro (PSB), e cita ainda que o estado privilegiou o equilíbrio financeiro da empresa em vez da prestação do serviço.

“São problemas que frequentam diariamente o noticiário e afetam gravemente o cotidiano da população trabalhadora que usa diariamente os trens no RJ: atrasos constantes, interrupção de serviços, falta de acessibilidade e banheiros em cerca de 2/3 das estações, distâncias perigosas entre vagão e plataforma, roubos e furtos de cabos, entre os mais comuns”, diz um trecho do texto.

Alguns dos problemas citados no documento, são: falta de segurança, atrasos e interrupções frequentes, trilhos e dormentes em péssimas condições; acúmulo de lixo ao longo da via permanente; falta de manutenção e conservação ao longo da via permanente; construções irregulares que invadem os limites da linha férrea; falta de acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

O documento cita ainda a troca de secretários estaduais de estaduais: foram sete ao longo dos últimos 10 anos. “Apenas nesse último ciclo, dos governos Witzel/Castro, foram quatro secretários de transportes, dado alarmante para uma política pública indispensável à mobilidade urbana e à garantia do direito à cidade.”

O relatório traz também recomendações ao Governo do Estado, à Alerj, à Supervia, à Agetransp e ao TCE (Tribunal de Contas do Estado).