Deputados na Alerj denunciam prática de misoginia em prova de concurso em Macaé

Misoginia

A denúncia foi feita inicialmente pela deputada do PT Elika Takimoto

Deputados na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) denunciaram a Prefeitura de Macaé e a Fundação Getúlio Vargas por prática de misoginia. No último domingo (13), uma das provas aplicadas no concurso público para professores municipais continha uma questão assinalando que a mulher “falaria demais”, dando margem para uma interpretação preconceituosa.

A denúncia foi feita inicialmente pela deputada do PT, Elika Takimoto. Na sessão plenária de terça-feira (15/10), a parlamentar disse que seu telefone recebeu inúmeras mensagens falando sobre o caso. Segundo ela, o problema foi identificado em duas questões de português. Numa delas, o enunciado diz para marcar “a frase que não contém uma crítica ao fato de a mulher falar demais”.

“São teores machistas e misóginos. Ou seja, em plano 2024 a gente ainda passa por isso. O concurso foi organizado pela Fundação Getúlio Vargas. Entre as alternativas estava ‘a língua é a última coisa que morre em uma mulher’. Na outra, dizia ‘gosto de mulheres jovens: suas histórias são menores’. Isso é uma grave agressão a todas nós”, disse.

O deputado Flávio Serafini (Psol) também não se deu por satisfeito com a anulação das questões. Para ele, o problema é grave e exige responsabilizações imediatas.

“Essas misóginas e ofensivas exigem respostas da Fundação e da prefeitura. Ontem as questões da prova foram anuladas, mas não permitiremos que esse tipo de conteúdo passe sem consequências. Estamos cobrando explicações e responsabilizações imediatas”, revelou Serafini.