DHNSG prende suspeitos de execução de jornalista e vereador em Maricá

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Rodrigo José Barbosa da Silva é apontado pela investigação da DHNSG como
executor dos crimes(foto acima). As vítimas são o jornalista Romário Barros, o vereador Ismael Breve e seu filho o advogado Thiago Marins/Reprodução

Operação da Polícia Civil e do MP cumpriu mandados de prisão contra envolvidos nos assassinatos. Um subtenente reformado da PM está foragido

Duas suspeitos de participação em três homicídios em Maricá, na Região dos Lagos
do RJ, foram presos na manhã desta quinta-feira (24) em uma operação da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

As vítimas foram o jornalista Romário da Silva Barros que foi morto com tiros no rosto e no pescoço, em Maricá, em junho de 2019. Além do vereador Ismael Breve de Marins e seu filho, o advogado Thiago André Marins, executados a tiros dois meses depois. Os corpos foram encontrados em casa, no bairro Zacarias, também no
município.

As prisões ocorreram quatro anos depois dos crimes. Dos três mandados de prisão,
dois foram cumpridos. Um deles contra Rodrigo José Barbosa da Silva, de 39 anos,
apontado pela investigação como executor dos crimes. Vanessa da Matta,
conhecida como Vanessa Alicate, também foi presa. A Polícia ainda procura um
terceiro suspeito, o subtenente reformado da PM Davi de Souza Esteves.

Rodrigo é suspeito de envolvimento nos três crimes. Vanessa é suspeita de
participar das mortes do vereador e seu filho. O subtenente reformado Davi de
Souza Esteves também é apontado como envolvido no homicídio de Ismael e de
Thiago. Ele, no entanto, segue foragido.

Trabalho investigativo
As investigações do Gaeco e da Polícia Civil mostram que Romário Barros foi morto
em razão de seu trabalho como jornalista investigativo em Maricá.

Os investigadores descobriram que os acusados Rodrigo e Davi monitoraram
Romário e o atacaram quando ele voltava de sua caminhada. O repórter foi
surpreendido, sem possibilidade de reação.

Rodrigo foi identificado pelos investigadores com auxílio da biometria corporal, o
qual reconheceu características dele.

Uma quarta vítima dos suspeitos foi Sidnei da Silva. Ainda segundo as
investigações, ele foi executado por vingança, após uma discussão na rua, poucos
dias antes do crime, entre a vítima e a sua ex-cunhada, esposa de Rodrigo.