Direita terá mais que o dobro do Fundo Eleitoral que a esquerda

Fundo eleitoral

Do total de R$ 4,9 bilhões aprovados para as eleições 2024, metade
ficará com partidos conservadores

O grupo de partidos políticos que se identifica como “conservador” ou de “direita”
terá mais que duas vezes o valor do Fundo Eleitoral em 2024 na comparação com
aqueles que se apresentam como de esquerda. no 1º grupo, estão partidos como o
PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, PP, Republicanos, entre outros; no 2º grupo se
destaca o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas também estão presentes
siglas como PSB e PDT; no 3º grupo, os partidos que se identificam como de centro
terão uma posição intermediária. Aí estão o MDB, o PSD, o PSDB e outros.

Os maiores beneficiados são o PL, de Bolsonaro, e o PT, de Lula. Os 2 têm as
maiores bancadas de deputados federais, principal índice para balizar os valores a
serem recebidos.

Os partidos de direita receberão aproximadamente R$ 2,4 bilhões do Fundão. O
valor total da rubrica em 2024 será de R$ 4,9 bilhões –recorde em toda a história de
eleições municipais. Os partidos de centro terão aproximadamente R$ 1,3 bilhão e a
esquerda, R$ 1 bilhão. Os valores integram um levantamento da consultoria Action
Relgov e se baseiam no valor aprovado na LOA (Lei Orçamentária Anual). Em 2020,
o valor foi bem inferior. Os partidos tiveram R$ 2 bilhões, menos da metade do
estipulado para 2024.

O valor aprovado foi alvo de críticas. A principal partiu do presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador disse, em café da manhã com jornalistas no
fim de dezembro de 2023, que proporia o valor de R$ 2,5 bilhões. Ele foi derrotado.
O senador chegou a esse número fazendo a atualização pela inflação do que foi
dedicado a esse propósito em 2020. A proposta não vingou e o valor final foi o que
havia sido proposto.

Cabo eleitoral
As eleições municipais são fundamentais para os partidos políticos. Vereadores e
prefeitos tendem a ser os principais cabos eleitorais nas campanhas nacionais para
deputados federais, senadores, governadores e presidente.

Hoje, o partido com mais prefeitos é o PSD, presidido por Gilberto Kassab. É
seguido pelo MDB, que tem o deputado federal Baleia Rossi à frente.

O PT, de Lula, tem enfrentado problemas desde o impeachment de Dilma Rousseff,
em 2016. Em 2012, o partido elegeu 638 prefeitos. De lá para cá, diminuiu os
números. Em 2020, foram 183.

O PL, de Bolsonaro, tem 349 prefeitos. Esses nomes foram eleitos quando o então
presidente ainda não pertencia ao partido. A previsão é de eleger até 1.000
prefeitos.