Draco apreende fuzil com inscrição que faz referência ao miliciano Juninho Varão
Armamento com a inscrição do paramilitar seria supostamente usado em um confronto entre grupos paramilitares rivais
Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco), na Zona Oeste do Rio, apreenderam, na última quinta-feira (21), um armamento que seria supostamente usado numa guerra de milicianos rivais da Zona Oeste do Rio.
Entre as armas apreendidas está um fuzil, calibre 556, com a inscrição “Varão”. A especializada informou que o apelido faz referência ao miliciano Gilson Ingrácio de Souza Junior, mais conhecido como Juninho Varão. Acusado de chefiar uma milícia que atua em Nova Iguaçu e Seropédica, na Baixada Fluminense, ele está com a prisão preventiva decretada pela Justiça.
De acorco com a Draco, os policiais foram até a Estrada do Magarça, em Campo Grande, bairro da Zona Oeste que faz divisa com a localidade conhecida como Km32, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, após receberem a informação de que milicianos do grupo de Varão estariam prestes a iniciar um confronto com um bando formado por remanescentes da quadrilha de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Durante a ação, os policiais encontraram um carro com registro de roubo. No interior do veículo, os agentes encontraram um fuzil, uma pistola, uma granada, munição, roupa camuflada, e uma camisa com a inscrição ‘”polícia”. O material foi recolhido e levado para a Draco, na Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio.
Zinho se entregou à Polícia Federal no dia 24 de dezembro de 2023 e segue preso.
Baleado em troca de tiros
De acordo coma investigações, Paulo David Guimarães Ferraz da Silva, o Naval, de 31 anos, assumiu o comando da milícia de Zinho após a morte de Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, de 33 anos. Este último foi baleado em uma troca de tiros com policiais, em junho.
Investigações feitas pela Draco apontam que Naval assumiu os negócios de Pipito e que seria atualmente “o principal braço armado do grupo, com centenas de fuzis sob seu domínio”. As comunidades do Barbante, Vila Carioca, Antares e Rola são chefiadas por ele, apesar de terem outros líderes nos locais. Segundo o que foi apurado por policiais da especializada, Naval já administrava os negócios da milícia na Favela do Barbante, em Campo Grande. Após uma reunião da milícia, ele recebeu o aval para ser também o responsável por duas das comunidades que eram exploradas por Pipito.
Naval, no entanto, preferiu comandar à distância. Ele está com a prisão decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e é considerado foragido da Justiça.