DRE estoura bunker de traficantes que planejavam invadir a Baixada Fluminense

Tráfico-3

Delegados que participaram da operação contra alta cúpula do TCP em entrevista coletiva na Cidade da Polícia/Reprodução 

A polícia apreendeu 15 fuzis, munição, granadas e drogas em operação em Parada de Lucas/Reprodução

Um dos criminosos deixa o esconderijo/Reprodução

Parte dos presos na operação DRE/ Reprodução

Os traficantes usaram caminhões como barreiras para fuga/Reprodução

Viaturas da Polícia Civil ocupam trecho em Parada de Lucas/Reprodução

Criminosos estavam em um esconderijo, que era acessado através de um buraco na parede para tentar escapar dos agentes, mas acabaram descobertos

Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) frustraram nesta sexta-feira (19) um plano de traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) de invadir comunidades em Duque de Caxias e outras da Baixada Fluminense, dominadas por facções rivais.

Durante a operação realizada em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, os policiais prenderam 17 criminosos, 10 deles estavam em um esconderijo, que era acessado através de um buraco na parede, na sede de um projeto social, mas acabaram descobertos. O bunker conta com uma porta de concreto que pode ser
aberta e fechada por meio de controle remoto. Em vídeos, é possível ver o momento em que os agentes encontram 10 homens escondidos. O bando é chefiado por Álvaro Malaquias, o Peixão, que comanda o tráfico de drogas do Complexo de Israel.

Em coletiva de imprensa realizada na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, os delegados que participaram da operação disseram que os nomes das comunidades não serão divulgados para proteger o andamento das investigações.

Segurança reforçada
Os dez presos eram responsáveis pela segurança de Peixão. São eles: Rato, uma das frentes da Cidade Alta; Soldado, Chapoca, BG, Curral, Magal, Pivete – todos considerados soldados na comunidade Parada Geral  -; Noventinha, integrante do tráfico da comunidade Cinco Bocas; e Stuart, gerente da Cidade Alta.

‘Alta cúpula’ leva prejuízo de R$ 1 milhão
Apontados como integrantes da “alta cúpula” do Complexo de Israel, os presos foram localizados após um trabalho de inteligência da DRE e de outras unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB),
Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Ao todo, 15 fuzis, uma metralhadora .30, 1 metralhadora ponto 50, munição, granadas e drogas foram apreendidos. A Polícia Civil estima que o prejuízo para a facção tenha chegado a R$ 1 milhão.

Uma movimentação atípica na comunidade, na madrugada de ontem (19), chamou a atenção das delegacias que acompanham o Complexo de Israel. A investigação aponta ainda que os criminosos, oriundos de várias comunidades dominadas pelo TCP, estavam se concentrando em Parada de Lucas e colocando farto material
bélico dentro de um veículo.

Os outros sete presos foi encontrados em outro ponto da comunidade. Eles ofereceram resistência e chegaram a manter por uma hora pai e filha reféns dentro de casa. Após negociação, todos se entregaram e as vítimas foram liberadas sem ferimentos.

Para o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Fernando Albuquerque, a operação foi uma grande vitória, com resultados importantes para novos desdobramentos. “As investigações continuam a partir de dados da operação de hoje. Essa é a linha do nosso trabalho: inteligência e ação pontual”, afirmou
Albuquerque.