Drones com câmeras térmicas são usados no Rio para prender milicianos

Drones

Os drones são dotados de alta tecnologia

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro estão usando drones com câmeras térmicas em operações contra as milícias. O dispositivo é capaz de rastrear o calor de veículos e de humanos.

O Modelo M30T consegue ampliar uma imagem em 200 vezes. Durante ação de ontem, um drone dete tipo foi usado para percorrer regiões usadas pelos suspeitos e detectou a movimentação deles.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, através do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), estiveram nas ruas em operação para prender integrantes da milícia comandada por Danilo Dias, o Tandera, que atua na Baixada Fluminense e em parte da capital.

Os agentes visavam a cumprir oito mandados de prisão — que tinham, entre os alvos, Gilson Ingracio de Souza Júnior, o Juninho Varão — e 14 de busca e apreensão contra o grupo. Segundo as investigações, eles têm envolvimento com os ataques neste mês que deixaram quatro pessoas mortas, entre elas, um menino de 12 anos, em Nova Iguaçu. Até o momento, três pessoas foram presas.

As investigações começaram em 2021, antes do racha da milícia comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em junho do mesmo ano.

De acordo com a denúncia do MPRJ, oferecida em 11 de janeiro deste ano, Juninho Varão atua como braço armado e financeiro da organização criminosa, participando diretamente da compra de armas de fogo e munições.

Segundo as investigações, os alvos desta operação, nomeada de Conexão 32, são apontados como responsáveis pelo tráfico de armas, dominação de território, extorsões, homicídios e monopólio no fornecimento de bens essenciais e serviços públicos. Dos cinco presos, até o momento, contra três deles havia mandados: Johnny Alexandre de Souza Silva, o Jhon Jhon; Caio da Silva Faria, o Caio Poldoski; e Lennon Bento de Souza, o Lennon. O trio integra a milícia de Tandera. Outros dois foram presos em flagrante por monitorarem as viaturas durante a ação, sendo eles, Kaua Matheus Santana Alves e Rodrigo Ferreira de Moura.