Ex-bombeiro Suel, envolvido no assassinato de Marielle Franco, já está no presídio de segurança máxima de Brasília

Caso Marielle

Maxwell Simões Correa, o Suel, segue para embarque no avião da Polícia Federal/Reprodução

O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, desembarcou no Terminal 2 do Aeroporto de Brasília, no fim da tarde desta terça-feira. Cerca de 40 policiais federais penais fizeram a escolta até a penitenciária. Ele foi transferido do Rio de Janeiro para penitenciária Federal de Brasília.

Antes de ser encaminhado ao presídio, porém, ele passou pelo Instituto de Medicina Legal (IML) para exame de corpo de delito.

Suel, como o ex-bombeiro é conhecido, foi preso após delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista da parlamentar, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, em março de 2018. Queiroz confirmou a própria participação nos assassinatos, assim como a do ex-policial reformado Ronnie Lessa e a do ex-bombeiro, que foi preso em operação da Polícia Federal nessa segunda-feira (24/7).

O ex-bombeiro, segundo as investigações decorrentes da delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz, ajudou a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios que pertenciam a Ronnie Lessa. As armas estavam armazenadas em um apartamento utilizado pelo ex-policial após a morte da vereadora.

Suel chegou a ser expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio do ano passado, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.

O ex-bombeiro já havia sido preso em 2022, durante operação do Ministério Público. Na ocasião, ele e outras 11 pessoas foram detidas por integrar uma organização criminosa de jogos de azar no Rio de Janeiro. Suel atuava no empreendimento ilegal em parceria com Ronnie Lessa, acusado pela morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Em fevereiro de 2021, o Tribunal de Justiça condenou o bombeiro a cumprir 4 anos de prisão, sob a acusação de obstrução da Justiça, à qual ele respondia em regime aberto. Na época, ficou determinado que ele prestasse serviços à comunidade.

“Verifico que a motivação do crime consistia em ludibriar a justiça na investigação acerca de uma organização criminosa que teria envolvimento com a morte da parlamentar Marielle Franco e seu motorista, um crime gravíssimo contra a vida e, principalmente, contra o próprio Estado Democrático de Direito”, diz a decisão judicial da 19ª Vara Criminal. (Com informações do Agenda do Poder).