Extração ilegal de areia pelas milícias do Rio é alvo de operação da Civil

Areal

Secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, acompanhou a operação/Aline Massuca/Governo do RJ

 

A extração ilegal de areia, em Seropédica e Itaguaí, na Baixada Fluminense, foi alvo de uma operação da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (26). A prática é controlada pelas milícias que atuam no Rio.

Segundo informações da corporação, as equipes estiveram em dez pontos na divisa entre os dois municípios. Durante a ação, dois suspeitos envolvidos na atividade clandestina foram detidos e encaminhados à delegacia. Eles serão multados e responderão por crime ambiental. Além disso, duas balsas que eram utilizadas na extração foram destruídas e cinco maquinários apreendidos.

De acordo com as investigações, o grupo chefiado por Thauan de Oliveira, conhecido como Tubarão, vem retirando areia na área de Seropédica e a milícia de Danilo Dias Lima, o Tandera, age na região de Itaguaí. A matéria-prima extraída seria utilizada em construções irregulares.

A Polícia Civil informou, ainda, que os grupos estariam extorquindo empresários legais em mais de R$ 500 mil por mês para a compra de areia.

Danos ao meio ambiente
A extração ilegal de areia nessas regiões, sem autorização dos órgãos, tem causado graves danos ao meio ambiente. “A extração irregular de areia e argila provoca assoreamento dos cursos d’água, formação de processos erosivos e supressão da vegetação, entre outros, tornando o ambiente mais vulnerável aos impactos e, quem o pratica está sujeito às cabíveis sanções administrativas, cíveis e criminais”, afirmou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, que acompanhou a operação.

A “Operação Areia Legal” contou com apoio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Comando de Polícia Militar (CPAM) e Polícia Federal.