Família de jovem desaparecida com namorado diz ter sido avisada pelo tráfico sobre a execução do casal

Mortos

Os três jovens sumiram em comunidades do Complexo de Israel/Reprodução

O Terceiro Comando Puro (TCP), que facção criminosa que domina o Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, teria assumido o assassinato do casal Lohanna Miranda Santos da Silva, de 22 anos, e Darielson Azevedo Nunes, 26, que desapareceram, no último sábado (13), em uma das favelas do complexo. O crime é investigado pelo Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Segundo a família de Lohanna, ela e o namorado teriam ido a um pagode na Praça do Sarapuí, em Duque de Caxias, onde moravam. De lá, seguiram para um bar próximo e, depois, decidido, com um casal de amigos, ir a um baile na comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, onde o MC Poze e Chefin se apresentariam.

No caminho, os quatro, que estavam em duas motos, teriam percebido uma blitz policial e decidido “furá-la”. Darielson e Lohanna “furaram” a viatura e acabaram entrando, por engano, na Cidade Alta, uma das cinco favelas que compõe o Complexo de Israel. A última mensagem de Lohanna para a família indica esse local.

A família também conta que traficantes do TCP teriam entrado em contato assumindo autoria sobre a morte do casal, além de terem afirmado que não entregariam os corpos.

Motorista de app
No mesmo dia do desaparecimento do casal, o motorista de aplicativo Leonardo Correia dos Santos, 24, sumiu, após terminar uma corrida por volta das 20h, em Brás de Pina, na Zona Norte. A comunidade também é dominada pelo TCP.

Em nota, a Polícia Civil informou que “em relação ao caso de Leonardo Correia, o caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna) e encaminhado para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que dá continuidade às investigações.

Diligências estão em andamento para localizá-lo. Quanto ao caso de Darielson Azevedo Nunes e Lohanna Miranda Santos da Silva, a investigação está em andamento no Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).”