Firjan cobra expansão da BR-040 depois de acidente em Petrópolis

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Estrada que liga Minas Gerais ao Rio de Janeiro ficou bloqueada depois que um caminhão-tanque tombou e pegou fogo

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) defendeu uma
ação do governo federal para solucionar o atraso nas obras de expansão da
rodovia BR-040 no trecho da subida da Serra de Petrópolis, região serrana do Rio
de Janeiro. O projeto, paralisado há anos, é objeto de uma disputa na justiça entre
a concessionária que opera a via, a Concer, e o governo.

O comunicado da entidade empresarial industrial sucede a ocorrência de um
acidente com um caminhão-tanque, nesta quinta-feira, 8, na altura do quilômetro
96, que bloqueou por horas a via que liga o Rio de Janeiro a Minas Gerais. O
caminhão-tanque, que levava combustível, tombou e pegou fogo. O motorista do
caminhão morreu no local. Quatro veículos foram atingidos pelas chamas.
Bombeiros foram acionados para conter o incêndio.

“A Firjan considera que o governo federal precisa encontrar soluções para entregar
uma das obras mais importantes para a logística do país: a expansão da BR-040,
no trecho da subida da Serra de Petrópolis. A celeridade na retomada das obras é
fundamental para promover melhorias para a infraestrutura fluminense,
aumentando a segurança dos usuários. O atraso – de mais de uma década – para a
conclusão causa prejuízo para toda a sociedade, com custo de vidas e perdas
socioeconômicas. É urgente encontrar soluções que superem impasses judiciais
que postergam a retomada das obras”, apontou a Firjan, em nota enviada à
imprensa.

Totalmente interditada
A rodovia foi totalmente interditada na última sexta-feira (9) após o acidente, a partir da praça de pedágio de Duque de Caxias, no quilômetro 102 sentido Juiz de Fora, Minas Gerais. A pista foi parcialmente liberada apenas à tarde, segundo
informações da Concer. Na madrugada, a concessionária concluiu enfim a
operação de retirada do caminhão tombado.

Edital da licitação
Segundo a Concer, as obras da Nova Subida da Serra de Petrópolis (NSS) estavam
previstas no edital da licitação e incorporadas ao Contrato de Concessão PG-
138/95-00 assinado em 1995. Após atrasos, assinaturas de aditivos de contrato e
tomadas de empréstimos do BNDES e de bancos privados, a obra acabou
paralisada em julho de 2016, “por absoluta falta de condições financeiras para
prosseguir”, declarou a Concer.

A concessionária alega que o governo não cumpriu com os aportes previstos em contrato, o que teria resultado em diversas ações em andamento na Justiça Federal sobre as questões contratuais, além de processos administrativos na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e no Tribunal de Contas da União (TCU).