Foragido, chefe do tráfico do Castelar é preso no Maracanã enquanto via jogo do Fluminense

Foka estava com um uniforme do time com o próprio apelido estampado/Reprodução

Considerado foragido, criminoso que comandava tráfico do Complexo do Castelar em Belford Roxo assistia a jogo do time contra o Fortaleza no Maracanã quando foi preso

O bandido apontado como chefe do tráfico de drogas do Complexo do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foi preso pela Polícia Militar, na última quarta-feira (17), quando assistia ao jogo do Fluminense contra o Fortaleza, no Maracanã, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Ao ser preso por agentes do 39º BPM (Belford Roxo) e do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe), Marco Aurelio dos Santos Rocha, conhecido como Foka, usava um uniforme com o próprio apelido estampado. Contra o criminoso havia dois mandados de prisão em aberto por tráfico de entorpecentes. A PM informou que Foka é responsável por diversos homicídios na região de Belford
Roxo, que estão sob investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Ação penal
O marginal se tornou réu em ação penal após a especializada investigar o tráfico no Castelar entre janeiro e setembro de 2021. Ao todo, 51 suspeitos respondem na Justiça. A Polícia Civil informou ainda que a principal suspeita é que ele tenha sido escolhido para integrar o tráfico no complexo juntamente
com outros comparsas por Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos principais nomes do Comando Vermelho (CV).

Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando foram mortos durante tortura/Reprodução

Desaparecimento das três crianças
De acordo com investigações da DHBF, a escolha de Foka aconteceu logo após a cúpula da facção determinar a execução dos envolvidos na morte de três crianças em Belford Roxo, na comunidade do Castelar. Os primos Lucas Matheus da Silva, de 9 anos, Alexandre da Silva, 11, e o amigo deles, Fernando Henrique Soares, 12, desapareceram em 27 de dezembro do ano passado.

Doca é alvo de mandado de prisão pelo envolvimento no caso. As investigações apontam que o traficante mandou executar a todos que mataram as crianças. Os corpos dos responsáveis nunca apareceram.

O criminoso ainda é apontado pela polícia como responsável pela tentativa de sequestro do helicóptero do piloto Adonis Lopes. Apesar das acusações contra Doca, não há indício de que Foka tenha relação com o caso dos meninos desaparecidos.