Foragido de ação contra terrorismo é assessor de deputado do PL-RJ

Carlos Victor Carvalho estava em Brasília na tarde dos ataques e chegou a postar uma foto no meio dos golpistas//Reprodução/TV Globo

Elizângela se entregou à Polícia Federal, também em Campos, na noite de segunda (16)/Repriduçãoi/Redes sociais 

O terceiro alvo da Operação Ulysses da Polícia Federal (PF), que investiga o financiamento e a organização dos atos terroristas em Brasília no último dia 8, é assessor parlamentar do deputado Filippe Poubel (PL-RJ) desde 8 de junho do ano passado e recebe o salário líquido de R$ 5.588,37. Ele passou o último fim de semana em Guarapari (ES) e disse que se apresentaria na noite da última segunda-feira (16).

Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, que já é considerado foragido, estava na capital federal na tarde dos ataques e chegou a postar uma foto no meio dos vândalos. Além de CVC, os outros dois outros alvos da operação eram Elizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos, e o subtenente do Corpo de Bombeiros Roberto Henrique de Souza Júnior, que já estão presos.

O militar foi preso na manhã da última segunda-feira (16), em casa, na cidade de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense. Na corporação há 33 anos, Roberto foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018 pelo Patriota, partido ligado à base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob o nome de Júnior Bombeiro.
Ele teve apenas 1.260 votos.

Se entregou
Elizângela se entregou à Polícia Federal, também em Campos, na noite de segunda. As investigações apontam que ela arrecadou dinheiro via Pix e repassou a vândalos em Brasília.

Postagens em redes sociais indicam que Elizângela pedia doações para bancar o transporte de van e ônibus para bolsonaristas. Segundo os investigadores, ela foi uma das organizadoras da excursão que levou os terroristas até Brasília.
Agora, a Polícia Federal tenta descobrir quem estava nos ônibus e vans fretados com o dinheiro recolhido por Elizângela. Para isso, as equipes vão analisar celulares, computadores e anotações colhidas na casa dela durante a Operação Ulysses.

Outro suspeito é Jorge Luiz Machado Garcia, que foi alvo de busca e apreensão e chamado a depor, mas não foi preso.

Segundo a investigação, ele disputa com CVC a liderança dos atos em Campos e é suspeito de participar do bloqueio das rodovias pós-eleição e de estar no acampamento em frente ao quartel do Exército na cidade do Norte Fluminense.