Governador determina o uso de helicópteros, drones, viaturas e agentes para garantir o direito de ir e vir da população

Castro

O governador Cláudio Castro se reuniu com lideranças das Forças de Segurança do RJ no CICC/Divulgação

O governador Cláudio Castro se reuniu com lideranças das Forças de Segurança do
Estado do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (24), no Centro Integrado de
Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova. O objetivo foi monitorar as ações
integradas que acontecem em toda a cidade do Rio desde a tarde da última
segunda-feira (23), em combate a atos denominados pelas autoridades como
terroristas.

“Estou desde ontem monitorando de perto as ações que ocorrem em toda a cidade
do Rio para reprimir atos que dificultem o direito de ir e vir da população. Estamos
asfixiando o crime organizado, essa é a resposta do Estado para atos violentos
como os ocorridos ontem. Elaboramos um plano de contingência para reprimir
esses criminosos. Dos doze detidos pelos ataques aos ônibus, seis tiveram a prisão
confirmada, com indício de autoria. Outros seis foram liberados por falta de provas.
As investigações continuam e vamos prender todos esses criminosos. A Polícia Civil
agiu dentro da técnica — declarou o governador Cláudio Castro.

Uma ação integrada entre as polícias Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa
Civil restabeleceu a segurança em bairros da Zona Oeste do Rio, após os episódios
de violência ocorridos como consequência da prisão do miliciano Matheus Silva
Rezende, sobrinho de Zinho – chefe da maior milícia do Rio de Janeiro.

“Desde as primeiras horas de hoje, 80% da frota de ônibus está circulando
normalmente. Assim como trens e departamentos de saúde, como clínicas da
família, também estão funcionando”, ressaltou o governador.

Máximo de alerta
Castro destacou ainda que o governo está em estado máximo de alerta e que a
orientação dada é para que todas as Forças de Segurança permaneçam nas ruas,
com helicópteros, drones, viaturas e agentes, para garantir a normalidade e
tranquilidade da população.

Bruno do Nascimento está de licença há 30 dias/Reprodução

PM dono da Glock que estava com ‘Faustão’ é preso

O sargento da Polícia Militar Bruno Bento do Nascimento, dono da arma encontrada com o miliciano Matheus da Silva Rezende, o Faustão, foi preso nesta terça-feira 24) à tarde no Rio. O bandido foi morto na última segunda-feira (23) em Três Pontes, Santa Cruz, durante confronto com policiais na Zona Oeste do Rio. A morte deflagrou a onda de vandalismo que teve 35 ônibus e um trem incendiados.

A corporação informou que Matheus Rezende reagiu a uma abordagem e foi
alvejado pelos agentes. Com ele foi encontrado uma arma registrada em nome de
um policial militar do Rio de Janeiro.

O militar registrou o extravio da pistola Glock na 110ª DP (Teresópolis) às 23h08 de
segunda. Ele está lotado no Batalhão de Choque da PM do Rio. Além da Glock, o
PM registrou o extravio de dois carregadores, com 28 munições.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a
Corregedoria e a 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar investigam o caso. O
militar está preso administrativamente no Batalhão de Polícia de Choque.

Disque Denúncia divulga cartaz pedindo ajuda na localização de Pipito/Divulgação

Pipito é apontado como sucessor de Zinho

Após a morte de Faustão, apontado como sucessor de Luís Antônio da Silva Braga,
o Zinho, quem deve ocupar o segundo principal posto na maior milícia do Rio é Rui
Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito.

Segundo o setor de Inteligência das polícias do Rio, o grupo já está se organizando
para colocar o criminoso no comando. A polícia acredita que a ordem do ataque a
35 ônibus na Zona Oeste da cidade tenha partido de Pipito.

De acordo a polícia, Pipito entrou para a milícia em 2017, quando o grupo
paramilitar era chefiado por Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três
Pontes.

Ele já foi um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, tio de
Faustão, e chegou a ser preso em 2018 com duas pistolas em casa.

Considerado como um homem de guerra, ele tem duas prisões decretadas pela
Justiça. Um dos mandados de prisão foi expedido no dia 17 de outubro, após o
miliciano ser apontado com um dos responsáveis pela execução de um homem.

Segundo a polícia, a vítima teve o corpo carbonizado. Apesar das investigações, o
cadáver até hoje não foi localizado. A suspeita é que Pipito e outros três milicianos
também investigados pelo crime, incluindo Zinho, tenham dado sumiço ao corpo. O
Disque Denúncia pede ajuda na localização de Pipito.