Governo do RS anuncia estado de calamidade pública após chuvas

Brasil

Em muitas cidades do estado, o cenário é desolador/Reprodução

RIO GRANDE DO SUL – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), decretou nesta quarta-feira (6) estado de calamidade pública por conta das enchentes no estado.

Em entrevista à imprensa, o chefe do Executivo disse que se trata da “maior tragédia natural que se tem registro no Rio Grande do Sul” e que viu um cenário “desolador” após sobrevoar alguns municípios do Vale do Taquari, na região central do estado.
Pela manhã, Leite sobrevoou a região junto com representantes do governo federal, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, e o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Ele disse ainda ter recebido um telefonema do presidente Lula (PT).

Segundo o governo do RS, há 18 rodovias com bloqueios totais ou parciais, em função do transbordamento dos rios. Duas pontes foram destruídas pelas chuvas, uma na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e a outra na ERS-431, em Bento Gonçalves, no limite com São Valentim do Sul. Também houve queda de cabeceira da ponte sobre o Arroio Passo Novo, na RSC-377, em Cruz Alta.

O governo confirmou ontem mais dez vítimas da enchente. Assim, o total de mortes em decorrência das chuvas que começaram na última segunda (4) subiu para 31 no total. Outra morte ocorreu em Santa Catarina.

As mortes confirmadas nesta quarta ocorreram em Roca Sales, Lajeado e Estrela. As cidades pertencem ao Vale do Taquari, a região mais afetada pelas fortes chuvas. Com o volume das chuvas, o rio Taquari transbordou e atingiu imóveis e estradas.

Corpos em caminhão frigorífico
Conforme a Defesa Civil de Lajeado, 22 corpos aguardam em um caminhão frigorífico no Parque do Imigrante para serem levados até Porto Alegre pelo Instituto-Geral de Perícias. A maior parte deles vindos de Muçum.

Mais três aeronaves devem reforçar o trabalho de resgate de moradores nas regiões mais afetadas. De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, estão sendo aguardadas aeronaves dos governos de Santa Catarina e do Paraná e também do Exército.