Governo quer administrar Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro

Lagoa

Hospital Federal da Lagoa pode ser transformado no Instituto do Câncer

Na última segunda-feira (12), o governador Cláudio Castro se reuniu com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília, para tratar
de pautas prioritárias para o Rio de Janeiro, como a revisão do regime de
recuperação fiscal, o combate à fome e a estadualização do Hospital Federal da
Lagoa a fim de transformá-lo no Instituto do Câncer.

Em meio ao encontro, Castro convidou Lula para participar de inaugurações que
serão realizadas pelo Governo do Estado, como o Rio Imagem Baixada e o
Restaurante do Povo, na Central do Brasil. “O presidente Lula se mostrou muito
receptivo às demandas do estado para que a gente realmente possa evoluir.
Conversamos sobre a pauta social, sobretudo a questão da saúde e o combate à
fome”, disse Castro.

O governador também endossou o interesse em assumir o Hospital Federal da
Lagoa para transformá-lo em um grande centro de referência de tratamento
oncológico. “Falei para o presidente sobre a necessidade de universalizarmos a
oncologia no Rio e que, portanto, queremos estadualizar o Hospital Federal da
Lagoa para torná-lo um grande centro oncológico e desafogar os atendimentos no
INCA, que está acima de sua capacidade para atender a população. O Estado do
Rio gostaria muito de assumir o hospital”, destacou.

Aporte de R$ 250 milhões
Um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde estima que o futuro INCA,
representaria um aporte entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões por ano, que seria
arcado pelo estado, apesar da previsão de dificuldades de caixa nos próximos
anos. O custo calculado é quase o triplo do atual, cerca de R$ 100 milhões,
atualmente bancado pelo Ministério da Saúde.

Na atualidade há uma fila de espera por vários procedimentos oncológicos no Rio
de Janeiro. Os dados do Sistema Estadual de Regulação (SER) mostram que 231
pessoas aguardam, por exemplo, uma primeira consulta para planejar os
procedimentos de radioterapia, algumas delas há cerca de cinco anos. Por sua vez,
existem 289 pacientes à espera da primeira consulta ambulatorial em proctologia. O
primeiro entrou na fila em 26 de novembro de 2022.