Homem roda após matar ex-mulher e tentar sequestrar filho em Bangu, na Zona Oeste do Rio

Feminicídio

Marcius dos Reis Resener de Oliveira chegou a sequestrar o filho em 2021/Reprodução

Aline da Silva, 41 anos, foi baleada na saída de uma escola em Bangu

Um homem foi preso nesta sexta-feira (5) logo após assassinar a ex-mulher a tiros e tentar fugir levando o filho deles em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A Polícia Militar informou que o suspeito atirou na vítima na saída de uma escola e fugiu em um veículo carregando a criança.

Testemunhas relataram que  Aline estava com o menino de bicicleta, quando um homem de capuz parou um carro ao lado dela e atirou a queima-roupa. Ela morreu na hora e o assassino levou a criança no carro.

Uma equipe do 14° BPM (Bangu) foi acionada e localizou o homem que estava tentando fugir para a favela do Rebu, em Senador Camará. A criança também foi resgatada.

Ainda de acordo com testemunhas, a vítima, Aline da Silva R. de Oliveira, 41 anos, disputava a guarda do filho com o pai na Justiça. Durante o ataque, na Rua Bombaim, ela ainda tentou proteger a criança, mas acabou sendo baleada nas costas.

Na ação, o veículo e a arma utilizados no crime foram apreendidos. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e a perícia foi feita no local.

Pedidos de prisão negados pela Justiça 

Marcius dos Reis Resener de Oliveira, preso após matar a ex-mulher na frente do próprio filho, teve dois pedidos de prisão negados pela Justiça do Rio de Janeiro, entre outubro de 2022 e abril desse ano. Ele também já havia sequestrado o filho de 8 anos em outra oportunidade.

O crime de sequestro do próprio filho ocorreu em 2021, quando Marcius ficou um ano sem dar notícias sobre o paradeiro da criança. O menino foi localizado em Brasília, em novembro de 2022.

Os pedidos de prisão contra Marcius foram feitos pela Polícia Civil e negados pela Justiça, que apenas determinou medidas cautelares. Ele ficou proibido de manter contato com a ex-companheira por qualquer meio de comunicação. Marcius também estava obrigado a manter uma distância mínima de 300 metros da mãe do menino.