‘Infraudável’ e ‘inhackeável’ diz ministro Barroso ao defender urnas eletrônicas

Presidente do STF, Luís Roberto Barroso, fez uma defesa contundente do sistema eletrônico
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez uma defesa contundente do sistema eletrônico de votação brasileiro ao afirmar que ele é “infraudável” e “inhackeável”. Durante uma palestra na quarta-feira (25) sobre o uso de inteligência artificial no Judiciário, ele esclareceu que o sistema de votação nunca é conectado à internet.
“Aquele sistema jamais entra online. É inserido, em cada uma das 500 mil urnas eletrônicas, um pen drive. Portanto, é um sistema inhackeável. Ele é infraudável e inhackeável. Para a gente usar os ‘is’ em um bom sentido, finalmente”, disse Barroso, entre risadas.
Essa declaração surge em um contexto de críticas recorrentes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas, que começaram em 2021, quando Barroso presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Naquele período, os dois trocaram farpas publicamente, com Bolsonaro semeando dúvidas sobre a integridade do sistema de votação.
A ironia de Barroso se volta para o ex-presidente, que frequentemente menciona seus próprios “is”, referindo-se a si mesmo como “imorrível”, “imbrochável” e “incomível”. Bolsonaro até criou a “medalha 3 Is”, que entrega a aliados, incluindo o presidente da Argentina, Javier Milei. Ao reafirmar a segurança do sistema de votação, Barroso destacou sua importância como um dos avanços significativos da Justiça Eleitoral.