Justiça marca julgamento de namorada e cigana acusadas pela morte de empresário
A Justiça do Rio marcou para o dia 1º de abril o julgamento dos envolvidos na morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormand, envenenado por um brigadeirão, em maio de 2024. A data foi definida durante audiência da 4ª Vara Criminal, realizada na quinta-feira (6), onde o juízo também negou a revogação da prisão preventiva da cigana Suyane Breschak, considerada mentora do crime, e retirada da autoria para a namorada da vítima, Júlia Andrade Cathermol Pimenta.
A defesa de Suyane pedia a prisão domiciliar da cigana alegando que ela foi agredida e vem sofrendo ameaças dentro do Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Zona Oeste. Contudo, a juíza responsável pela causa, Lúcia Mothe Glioche, afirmou que a sinalização dos advogados deve ser apurada pela Promotoria de Justiça.
Os advogados de Júlia, acusada de preparar a sobremesa envenenada ao empresário, pediram a retirada dela da denúncia da autoria do crime. A juíza, no entanto, também negou o pedido ao pontuar que os laudos periciais colhidos durante a investigação são suficientes para comprovar a causa da morte como intoxicação exógena ou envenenamento.
Por fim, a magistrada disse que os depoimentos colhidos até agora indicam a união das denunciadas, Julia e Suyane, no objetivo de matar o empresário e tomar seus bens, agiram de forma “calculada e fria”.
De acordo com o texto, a ação revela a periculosidade da dupla e justifica a manutenção da sua prisão. Fora da prisão, as duas teriam a capacidade de prejudicar a colheita de provas em juízo.