Major foi queimado vivo por traficantes, afirma secretário da Defesa Civil do RJ

O Disque Denúncia divulgou cartaz para auxiliar na busca de informações que ajudem a 

localizar os assassinos do major Wagner Bonin/Divulgação

Wagner Luiz Melo Bonin foi sequestrado e brutalmente assassinado após tirar fotos de barricadas erguidas pelos criminosos em São João de Meriti/Reprodução/Redes sociais

A perícia realizada no corpo carbonizado do major Wagner Luiz Melo Bonin, de 42 anos, do Corpo de Bombeiros, apontou que o oficial foi queimado vivo por traficantes do bairro de São Matheus, em São João de Meriti, Baixada Fluminense. A informação é do secretário de Defesa Civil e comandante-geral da corporação, Leandro Monteiro, que acompanha as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

O bombeiro militar teria fotografado barricadas montadas por bandidos na região e foi descoberto. O Disque Denúncia divulgou nesta sexta-feira (18) um cartaz para auxiliar na obtenção de informações que ajudem a localizar envolvidos no assassinato.

Na noite da última quinta-feira (17), um dos suspeitos de envolvimento na morte do major que teve o corpo encontrado carbonizado e com marcas de tiro, dentro de um carro, no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, fo preso por agentes do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE), na Avenida Brasil, e confessou o crime.

Fuga
Washington Rogério Magalhães Braga, foi preso com outros dois homens dentro de um veículo modelo Chevrolet Onix de cor branca, admitiu que estava fugindo para Campo Grande, na Zona Oeste, após uma busca ter sido realizada em sua casa, onde foram encontrados pertences do bombeiro.

O suspeito disse ainda seu aparelho celular também foi localizado por policiais na cena do crime. A versão apresentada pelo bandido foi confirmada pelo comandante do 21º BPM (São João de Meriti). O trio confessou ser da comunidade São Mateus, em São João de Meriti, local onde a vítima foi executada.

Os três homens foram encaminhado para a DHC, mas apenas Washington ficou preso, após verificação de dados e expedição de mandado de prisão pelo Plantão Judiciário.

51ª morte violenta no Rio
O caso do major Wagner Bonin marca a 51ª morte de agente de segurança em ação violenta no Rio de Janeiro em 2022. O corpo do oficial será sepultado hoje (19), às 10h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, também na Baixada Fluminense. Amigos da corporação preparam uma homenagem para o
colega.