Menina morta a marteladas pelo pai é enterrada sob forte emoção

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A mãe de Mãe de Luiza se despera no enterro da filha no Cemitério do Murundu, em RealengoCléber Mendes/Agência O Dia

Luiza Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, foi morta com a prima de 4. Assassino ainda queimou os corpos/Reprodução 

O corpo de Luiza Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, foi sepultado neste domingo (24), no Cemitério Murundu, também conhecido como Cemitério de Realengo, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. A menina foi morta a marteladas e teve o corpo queimado pelo próprio pai na noite da última sexta-feira (22).

Muito abalada, a mãe da menina acompanhou o velório, mas passou mal e não
conseguiu estar presente no momento do sepultamento. “A gente já esperava que
ela fosse passar mal, devido a não estar conseguindo se alimentar direito, fizemos
o possível por ela. Estamos tão indignados quanto ela (a mãe), mas ela está muito
abalada com tudo isso”, disse Daiane de Albuquerque, prima da vítima.

Além de Luiza, a prima Ana Beatriz da Silva Albuquerque, de 4, também morreu no
ataque. O enterro da criança também foi realizado na tarde deste domingo, no
Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste.

De acordo com Alexander Gomes, primo das mães das meninas, Davi mostrou ser
uma pessoa agressiva, mas os familiares não acreditavam que ele seria capaz de
tirar a vida da própria filha e da sobrinha.

“O Davi já havia mostrado para a gente que ele era capaz de ser uma pessoa
agressiva, de cometer algum tipo de atitude agressiva, mas não chegar a matar
alguém, muito menos a própria filha. Ele já havia invadido a casa da minha avó,
inclusive procurando a mulher, quando ela se separou dele, junto com o filho”,
afirmou.

Alexander ainda revelou que Davi também é pai de um menino de 18 anos, que o
ajudava em ataques que realizou contra a mãe de Luiza, como o episódio em que
invadiu uma residência em busca da mulher.

“Ele tem um filho de 18 anos e participou de muita coisa com ele, inclusive dessa
invasão da casa da minha avó. Quase matou meus avós com pedradas procurando
pela mulher quando houve a separação”, disse.

Lutando pela vida
Natasha Maria Silva Gonçalves de Albuquerque, mãe de Ana Beatriz e tia de Luiza,
que foi torturada e queimada pelo ex-cunhado, segue internada no Hospital
Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e seu quadro de saúde é considerado
grave.

O crime
Na noite de sexta (22), Natasha levou a filha e a sobrinha até Senador Camará, na
Zona Oeste, para que Luiza pudesse passar o dia com o pai. Ao chegar ao local,
Davi Souza Miranda amarrou Natasha e a torturou. Depois, deu marteladas nas
duas meninas. Por fim, ele ateou fogo na casa e fugiu em um carro.

A mulher conseguiu se soltar e levou as crianças até o portão, quando foi socorrida
por vizinhos, que acionaram a Polícia Militar. Luiza e Natasha foram encaminhadas
ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, a menina morreu ao dar
entrada na unidade. Já Ana Beatriz foi levada para uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), onde já chegou sem vida.

De acordo com a Polícia Civil, Davi dirigiu do local do crime até cair com o carro na
linha férrea na altura da Mangueira, na Zona Norte da cidade. Moradores da região
foram ao local do acidente e viram um celular tocando no meio do mato. Uma
pessoa que atendeu foi informada de que Davi havia acabado de matar duas
crianças e então a polícia foi acionada. Davi fugiu a pé do local do acidente e foi
capturado por policiais do Segurança Presente na Rua Conde de Bonfim, em frente
ao Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte.Davi foi levado para a Delegacia de
Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações.