Menino esquartejado era autista e ficou 30 minutos com assassino

Plantão

Caio era autista e foi morto pelo irmão, Guilherme França Alcântara, de 19 anos

SÃO PAULO – O menino de 7 anos que foi encontrado morto esquartejado debaixo da cama do irmão, no Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo, era autista e ficou cerca de 30 minutos em casa com o irmão. Guilherme França Alcântara, de 19 anos, confessou à polícia que matou Caio, seu irmão mais novo. Ele foi preso na última quarta-feira (27).

De acordo com reportagem da TV Record, na última terça-feira (26), a mãe de Caio saiu para trabalhar e deixou o filho caçula aos cuidados do irmão dele. O pai chegaria do trabalho logo em seguida. A família relatou que o intervalo entre a saída da mãe e a chegada do pai foi de 30 minutos. A suspeita é que Guilherme tenha cometido o assassinato nesse período.

Ao chegar do trabalho, o pai não encontrou Caio, e seu irmão teria dito que não sabia onde ele estava. Em entrevista, a mãe disse que chegou a pensar que o garoto a tinha seguido na rua, porque mais cedo ele havia perguntado se poderia acompanhá-la ao trabalho.

Porém, imagens de uma câmera de segurança divulgadas pela emissora mostram que, depois que a mãe passa pela rua, o garoto não realizou o mesmo trajeto em momento algum.

Desaparecimento
Caio foi dado como desaparecido, e os pais acionaram a polícia. Policiais do 100º DP (Jardim Herculano) afirmaram que, durante as investigações do desaparecimento, a equipe sentiu um cheiro bastante forte vindo de um dos quartos da casa da família. Os policiais pediram a permissão dos pais do garoto para verificar o local. Durante a vistoria, os agentes encontraram um saco preto com pedaços do corpo de Caio.

Interrogado pelos policiais, o jovem disse “apenas queria matar alguém”. De acordo com os investigadores, ele não demonstrou arrependimento. No local, havia um facão que teria sido usado no assassinato. Os agentes também encontraram um caderno com anotações sobre “como cometer um assassinato”.