Miliciano morto com tiro no olho em quiosque na Zona Oeste do Rio

Execução-1

Sérgio Bomba estava com uma mulher quando atirador se aproximou e atirou/Reprodução 

Sérgio Rodrigues da Costa, conhecido como Sérgio Bomba, era investigado por participar de disputa entre criminosos em Sepetiba

Um miliciano foi executado a tiros em um quiosque na orla do Recreio dos
Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, na noite do último domingo (21). Um dos
disparos atingiu o olho de Sérgio Rodrigues da Costa Silva, conhecido como Sérgio
Bomba, que estava acompanhado da namorada. Imagens de câmeras de
segurança mostram o momento do assassinato.

Sérgio Bomba era investigado por chefiar uma milícia em Sepetiba, também na Zona

Oeste. Testemunhas relataram ainda que Sérgio escapou de um atentado no último
sábado (20). O Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) do Ministério Público investiga a participação de Sérgio na milícia de
Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. O miliciano estaria em conflito com Rui Paulo
Gonçalves Estevão, o Pipito, braço-direito de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho,
preso no fim de 2023, pelo controle da região. A Delegacia de Homicídios da Capital
(DHC) investiga o caso.

Desde a morte de Carlinhos Três Pontes, em 2017, a região onde o miliciano atuava
passou a ser disputada. Após o criminoso morrer numa ação da polícia, o comando
do grupo foi assumido por Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Carlos. Com
a morte do sucessor, os negócios seguiram em família, passando o comando para o
irmão Zinho.

Perda de aliados
Durante esses anos de controle, a família viu perder aliados, entre eles, Danilo Dias
Lima, o Tandera, que participou de várias ações criminosas ao lado de Ecko e
Zinho. O miliciano passou a controlar regiões em cidade da Baixada Fluminense,
como Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu.

Sérgio Bomba, que já foi apontado como braço-direito de Carlos da Silva Braga, o
Carlinhos Três Pontes, também rompeu com o grupo e disputava a região de Nova
Sepetiba com seus aliados.

Preso na Operação Horus em 2017
Em 2017, Sérgio foi preso durante a Operação Horus, deflagrada pela Polícia Civil,
que investigava os criminosos sobre cobrança de taxas a moradores e
comerciantes, grilagem de terras e roubo e clonagem de veículos, entre outros
delitos. A ação tentava desmantelar o grupo de milicianos. À época, foram
expedidos 28 mandados de prisão, dos quais 12 foram cumpridos.