Milícias: 70% das empresas de segurança privada que atuam na Baixada não têm autorização da PF

Milícia

A Iniciativa identificou 110 empresas do ramo da segurança privada, principalmente em Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São João de Meriti

Uma pesquisa da Iniciativa de Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR), que estuda a violência na Baixada Fluminense, aponta que 70% das empresas de segurança privada que atuam na região não possuem autorização da Polícia Federal para que exerçam esse tipo de serviço, conforme noticiado pela Rádio CBN.

O levantamento também revelou que agentes de segurança pública estão entre os proprietários dessas firmas, o que é proibido por lei.
A partir da mineração de dados da internet, a iniciativa identificou 110 empresas do ramo da segurança privada atuantes nas cidades da Baixada Fluminense, que se concentram em Duque de Caxias, Nova
Iguaçu e São João de Meriti. Desse total, 70% são ilegais.

A Polícia Federal contabiliza 2.680 empresas de segurança privada legalizadas no Brasil, das quais 403 estão no estado do Rio: 71% delas localizadas em municípios da Região Metropolitana e,
especificamente, 15% na Baixada Fluminense. O estudo da IDMJR estima que o número, na prática, é o dobro do calculado pela PF e que o serviço clandestino movimenta cerca de R$ 60 bilhões anualmente.

O levantamento também menciona que 12 mil armas foram furtadas, desviadas ou roubadas desse tipo de empresa, a partir de dados da plataforma Fiquem Sabendo. Atualmente, o setor detém um arsenal de 246,511 mil armas em todo o Brasil, segundo dados da PF, em que o revólver calibre 38 é o mais comum, representando 82% do total, com 48,430 mil unidades.