Militares da Marinha vão a júri pelo assassinato de perito da Polícia Civil

Júri

Renato Couto de Mendonça foi atingido por três tiros e depois jogado no Rio Guandu/Reprodução

A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio, determinou que os quatro acusados pela morte do policial civil Renato Couto de Mendonça vão a júri popular.

Renato foi morto em maio de 2022 depois de investigar e ir atrás dos responsáveis por receptar material roubado de sua obra em um ferro-velho. Os envolvidos eram os militares da Marinha Bruno Santos de Lima, Daris Fidélis Motta e Manoel Vítor da Silva Soares. O pai de Bruno, o civil, Lourival Ferreira de Lima, também participou do crime.

Segundo denúncia do Ministério Público, os réus serão julgados por homicídio qualificado e fraude processual. As qualificadoras do crime a que a juíza fez menção em sua decisão são: motivo torpe; com emprego de asfixia (já que o policial foi jogado no Rio Guandu); uso de emboscada ou outro recurso que dificulte a defesa do ofendido; contra autoridade.
A magistrada também manteve a prisão preventiva dos quatro acusados durante o curso do processo.

Na denúncia, o MP relata que Bruno Santos de Lima atirou três vezes no policial Renato, e contou com a ajuda dos outros militares para transportar o corpo de Renato e jogá-lo no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.

Lourival participou do crime recolhendo as cápsulas deflagradas no local dos disparos, com o intuito de induzir ao erro da perícia criminal. A mesma prática foi observada nos outros três denunciados, que lavaram os vestígios de sangue existentes na van utilizada para transportar o corpo da vítima.