Obra de viaduto em Queimados se arrasta a passos de tartaruga

A obra do viaduto sobre a linha de trem da SuperVia, que parece estar abandonada, e a placa com informações sobre valor e prazo de conclusão/Reprodução/Redes sociais

Orçada em quase R$ 1 milhão, recuperação da estutura sobre a linha férrea no Centro de Queimados tem prazo previsto de conclusão para dois anos e três meses. Comerciantes reclamam de prejuízo/Reprodução 

O que era para ser solução, virou dor de cabeça a médio prazo. A obra de recuperação do viaduto sobre a linha férrea no Centro de Queimados, na Baixada Fluminense, se arrasta a passos lentos. O efeito acelera uma série de transtornos, entre os quais prejuízo para comerciantes, que cobram da prefeitura mais celeridade para a conclusão.

Com prazo previsto de 27 meses, a obra completou ontem (15) dois anos desde o início dos trabalhos, no dia 15 de julho de 2020. Pelo andar da carruagem e faltando três meses para a conclusão, dificilmente a data limite será cumprida. A empresa responsável pelo serviço, orçado em quase R$ 1 milhão (R$ 998,235,63), que também inclui a revitalização da passarela, é a Seculus Construtora e Projetos Ltda, supervisiona pela Secretaria Municipal de Obras (Semob).
Segundo informações de uma fonte ouvida pelo Hora H, os funcionários da construtora estariam ‘enrolando’ (reduzindo o ritmo de trabalho) na obra para não concluir antes do prazo. “Eles vieram hoje (operários), deram dois pingos de solda e meteram o pé. Abandonaram a obra de novo”, diz morador da região, que ouviu de um dos trabalhadores que “está orçado para dois meses (sic), tem que enrolar”.

Comerciantes amargam prejuízos
Preocupados com o ritmo lento da obra, os comerciantes fazem um apelo ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para cobrar um posicionamento da prefeitura. Eles alegam que a área comercial localizada nos dois lados do viaduto amarga prejuízos, e muitos decidiram fechas as portas.

“Acho que eles botaram tanto dinheiro e estão enrolando essa p**** para justificar o tempo”, reclama um comerciante em um dos áudios que circulam nos grupos do Facebook em Queimados.