Operação da PM para prender suspeito de matar policial da Rota tem 10 mortos

Plantão

Erickson da Silva é um dos apontados como responsáveis pelos disparos
que mataram o PM Patrick Bastos Reis

SÃO PAULO – A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo afirmou que policiais
no Guarujá, no litoral paulista, mataram ao menos 10 pessoas durante a Operação
Escudo, que foi estabelecida na última sexta-feira (28) após o assassinato do PM
Patrick Bastos Reis, que era soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA).

Segundo o ouvidor Claudio Aparecido da Silva, moradores do Guarujá relataram que policiais torturaram e mataram um homem e prometeram matar ao menos 60
pessoas em comunidades da cidade.

O número de mortes pode ser ainda maior, de acordo com Claudio. “A gente tem
informação de que talvez no fim (deste domingo) outras duas mortes tenham
ocorrido. Não temos, ainda, a confirmação, que a gente só faz após verificar o
boletim de ocorrência dessas mortes”, disse ele em entrevista à GloboNews.

Um vendedor ambulante teria sido morto com 9 tiros na sexta (28). A família dele
teria encontrado o rapaz com queimaduras de cigarro e um corte no braço.
Erickson David da Silva, apontado como responsáveis pelos disparos que mataram o soldado Patrick Reis, foi preso no domingo (30), em São Paulo.

Em coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (31), o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), elogiou a operação. “Nós vamos investigar, nós vamos prender, nós vamos apresentar à justiça, nós vamos levar ao banco dos réus. Foi isso exatamente que foi feito neste final de semana. Eu estou extremamente satisfeito com a ação da polícia, extremamente triste com o que
aconteceu porque nada vai trazer um pai de família de volta”, disse o governador,
durante entrevista coletiva.

Ao contrário do que foi informado pela Ouvidoria, o número de mortos registrados na Operação Escudo foi oito e não 10.