Pai de menina morta após agressões da mãe e da madrasta pede justiça

Gilmara, que foi presa com a companheira, e a filha Ketelen, que tinha 6 anos/Reprodução

Roger Fabrizius da Rocha com Ketelen ainda bebê /Reprodução/Redes sociais 

O vendedor Roger Fabrizius da Rocha, de 32 anos, se diz chocado e pede justiça. Ele é pai de Vitória Oliveira da Rocha, a menina de 6 anos que foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, no Sul Fluminense, e morreu na madrugada deste sábado, em consequência de uma parada cardiorrespiratória. Ketelen passou seis dias hospitalizada, após passar um fim de semana sendo agredida pelas duas.

Roger conta que soube do crime na terça-feira, um dia depois da menina ter dado
entrada no hospital, por meio de uma prima de Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos, mãe de Ketelen, por uma rede social. Roger diz que não desconfiava das agressões e que a mãe de Ketelen levou a filha de Duque de Caxias, onde moravam, sem avisar à família.

“Gilmara era uma mãe carinhosa, protetora. Jamais imaginaria que ela teria coragem de fazer isso com a Ketelen, mas as pessoas mudam, infelizmente”,  reflete Roger. O vendedor acrescenta que não sabia do relacionamento da ex-mulher com Brena Luane Barbosa Nunes, de 25 anos. “Fiquei sabendo por meio da imprensa. Estou chocado com tudo isso que aconteceu. A família toda está muito abalada. Mas não tenho raiva da Gilmara. Só quero justiça.

Roger conta que foi casado com Gilmara durante quatro anos e se separaram quando Ketelen tinha um ano de idade. Ele diz que desde então dava assistência financeira e mantinha contato com a filha. Mas há 9 meses, quando Gilmara foi embora da casa onde morava com a filha, em Caxias, o vendedor não sabia do paradeiro das duas.

Questionado sobre o que ele fez durante os 9 meses, Roger afirmou que a procurou, mas não buscou a justiça por estar desempregado. “Não tinha porquê a Gilmara sair de Caxias, eu deixei a casa para elas. Eu dava assistência, até que ela sumiu, sem avisar nada. Só soube delas uma vez, quando ela procurou minha mãe e disse que iria
me colocar na justiça por eu não pagar pensão. Estou desempregado, mas faço meus bicos e atualmente abri uma venda de doces aqui em Japeri onde moro e assim sigo sustentando minha família”, diz Roger que casou novamente e é pai de outras duas meninas, Tais da Rocha, de 2 anos, e Dulce da Rocha, de 10 meses.

As meninas só conheciam Ketelen por foto. “Queria muito que elas tivessem a oportunidade de brincar juntas. Mas isso não será mais possível”, lamenta Roger.

O velório de Ketelen aconteceu neste domingo, e o enterro estava marcado para as 14h30, no Cemitério Municipal de Engenheiro Pedreira, Japeri.