Pastor é preso por crimes de estupro de vulnerável na Baixada Fluminense

Lixo

Vítimas tinham entre 5 e 11 anos e os primeiros delitos ocorreram há 30 anos

Uma equipe de policiais civis da 67ª DP (Guapimirim) cumpriram, na última quarta-feira (12), um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Criminal da Comarca do município da Baixada Fluminense, contra um pastor da Igreja Assembleia de Deus da congregação Monte Horebe.

O marginal, conhecido apenas como Dudu, de 48 anos, é acusado de diversos crimes de estupro de vulnerável, quando as vítimas são menores de 14 anos. O crime, que deu início às investigações contra o líder religioso, só veio à tona alguns dias e foi denunciado à delegacia no último dia 2 de abril, quatro anos depois do ocorrido. Em 2019, Dudu socorreu um homem com crise de abstinência de drogas, ao levá-lo para o Hospital Municipal José Rabello de Mello, em Guapimirim.

Enquanto o homem era atendido na unidade de saúde, ele teria se aproveitado da situação e mantido relações sexuais com a filha desse paciente dentro do carro. A vítima é sobrinha-neta do acusado e na época só tinha 11 anos.

A vítima hoje tem 15 anos e decidiu contar para a mãe o que havia acontecido na época. Um detalhe é que a progenitora da adolescente já havia sofrido tentativa de abuso sexual por parte do líder evangélico há alguns anos.

Outros casos
Depois que o caso da adolescente se difundiu entre os familiares e conhecidos, outras quatro vítimas, atualmente adultas, decidiram comparecer na delegacia para também denunciar o pastor por praticar abusos sexuais quando elas eram mais novas. Até o momento, a Polícia Civil já tem os relatos de cinco vítimas, incluindo a adolescente e a mãe dela. Segundo as investigações, os alvos do pastor Dudu tinham entre 5 e 11 anos de idade e os primeiros registros de crimes teriam ocorrido 30 anos atrás, entre 1993 e 2000, depois de 2002 e 2003 e também entre 2018 e 2019.

Para o delegado Antonio Silvino Teixeira, titular da 67ª DP (Guapimirim), pode haver mais vítimas. Ele pede que se houver mais pessoas abusadas pelo pastor, que elas procurem essa delegacia policial ou qualquer outra perto da residência para denunciar o líder evangélico. O investigador reforça que nunca é tarde para denunciar e que as vítimas serão acolhidas na unidade policial, inclusive por agentes femininas.